5 lições a serem aplicadas a concorrências remotas


As últimas semanas exigiram rapidez na adaptação do mercado de comunicação (e de todas as indústrias) à realidade do trabalho remoto. Somado ao desafio de ter de construir, em tempo recorde, estratégias e campanhas para diversos clientes que sejam pertinentes diante de uma crise global, as agências precisam saber orquestrar a integração da equipe e de todos os seus processos em torno da dinâmica do home office.

E os processos de concorrência estão entre as atividades da rotina publicitária que não param, mesmo em um período atípico como o atual. O Publicis Groupe e a Havas Worldwide são alguns dos grupos que estão dando continuidade às disputas por novos clientes por meio de videoconferências.

Em um vídeo recente enviado aos funcionários do grupo Publicis, o CEO e chairman Arthur Sadoun comentou que, à medida que as agências da holding na China retomam atividades e a Itália, um dos países mais afetados pela Covid-19, começa a ver “um raio de luz”, as equipes da companhia continuam trabalhando com os clientes e fazendo pitches por novos negócios. Ele menciona, inclusive, uma conquista de conta que se deu por videoconferência, mas não revela qual é o cliente.

A Havas+ está participando, com outras duas agências, de uma concorrência cujas apresentações estão sendo feitas pelo Zoom. Segundo Yuri Aizemberg, diretor de atendimento e negócios da Havas+, o processo foi iniciado antes de as medidas de distanciamento social serem adotadas no País e precisou ser adaptado às novas condições.

“Conseguimos, cada um de sua casa, fazer o seu papel de forma relevante e integrada, todos contribuindo significativamente em todos os setores – e respeitando os horários de todos”, comenta. O profissional de atendimento elenca cinco pontos que considera importantes para que o processo de concorrência remoto seja eficiente – apesar da falta do olho no olho que tanto ajuda ambas as partes, anunciante e agência, a pressentir se a química está ou não presente:

1) Pensamento e organização de uma “agenda” de encontros para checkpoints e validação das ideias, com data e hora para começar e terminar;

2) Pautas muito claras para os encontros e que precisam ser seguidas à risca;

3) Reunião de treinamento para que todos estejam afiados com suas apresentações;

4) Reunião de Disaster Check, onde convidamos um profissional do board que não participou ativamente do processo para poder ter uma visão bem crítica e, com isso, mitigarmos possíveis pontos que ficaram de lado;

5) Time Keeper que fique responsável por manter todos os apresentadores dentro dos limites de tempo que cada um tinha.

 

 

Fonte: Meio&Mensagem