Resolução regulamenta a prática da Fitoterapia por nutricionistas

Profissionais da área de Nutrição poderão fazer o uso de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde com intuito de ampliar as abordagens de cuidado e as possibilidades terapêuticas

Imagem: Freepik

O ano de 2021 iniciou com uma grande conquista para os profissionais da área de Nutrição em todo o país. Com a publicação no Diário Oficial da União das resoluções CFN nº 679, 680 e 681, os nutricionistas passaram a poder fazer o uso de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde – Pics, da Fitoterapia e da Acupuntura, respectivamente. O objetivo é ampliar as abordagens de cuidado e as possibilidades terapêuticas para os clientes/pacientes/usuários em assistência nutricional.

De acordo com a resolução, entende-se como Pics as práticas de saúde baseadas no modelo de atenção humanizada e centrada na integralidade do indivíduo, que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos, promoção e recuperação da saúde. As práticas são realizadas por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade.

“Entre as práticas integrativas autorizadas pelas resoluções e que podem ser adotadas por nutricionistas, temos Aromaterapia, Homeopatia, Cromoterapia, Dança Circular, Medicina Tradicional Chinesa, Meditação e Terapia Floral, entre outras, além das já citadas Acupuntura e Fitoterapia”, pontua a nutricionista Ticiane Munareto, professora da Pós-graduação em Nutrição Clínica e Fitoterapia da Universidade Tiradentes — Unit.

Entre os principais avanços também está a Resolução CFN nº 680, onde os nutricionistas encontram informações sobre a regulamentação da prática de Fitoterapia na assistência nutricional e dietoterápica. Através dessa Resolução, além do título pela Associação Brasileira de Nutrição – Asbran, exigido anteriormente, agora o nutricionista pode tornar-se especialista em Fitoterapia ao cursar uma Pós-graduação. “Apesar de não haver a obrigatoriedade da especialização, ela não deve ser descartada, pois acaba dando mais propriedade e veracidade nas condutas, até porque a fitoterapia é ampla e abrange diversas áreas”, complementa a nutricionista Layla Ribeiro, que já orienta seus pacientes para o uso de óleos essenciais em algumas situações.

De acordo com Layla, a aromaterapia possibilita trabalhar com o paciente não só a alimentação, mas também a qualidade de vida e bem-estar, pois coloca o paciente em foco e agrega possibilidades para o sucesso do tratamento. “Alguns dos meus pacientes usam o óleo essencial de hortelã-pimenta para ter mais motivação na hora de praticar exercícios físicos e o óleo essencial de lavanda para ter uma qualidade de sono melhor, duas questões que influenciam diretamente os resultados do tratamento”, exemplifica.

A Fitoterapia atua como coadjuvante na terapia nutricional, tanto na prevenção quanto no tratamento de doenças específicas ou situações nutricionais. A palavra vem da junção do prefixo fito, que significa planta, e terapia, que significa tratamento. Apesar de ser uma cultura bastante utilizada, é importante salientar que o uso dessa prática requer estudos e conhecimento”, destaca Ticiane Munareto. “É muito relevante que o nutricionista estude e se especialize na área, para que obtenha segurança para a prescrição, através de conhecimentos específicos para a prevenção e tratamento dos pacientes”, acrescenta. A Universidade Tiradentes oferece a pós-graduação em Nutrição Clínica e Fitoterapia e uma nova turma está prevista para o mês de junho.

 

Leia também: Anvisa recomenda suspender uso da AstraZeneca em grávidas

Resolução regulamenta a prática da Fitoterapia por nutricionistas
Com informações de Ascom/UNIT