BNDES suspende pagamento de financiamentos

Caso o cliente esteja com alguma prestação em aberto, os efeitos da suspensão poderão retroagir

Imagem: Arquivo/Agência Brasil

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) voltou a adotar o chamado ‘standstill’, e suspende temporariamente o pagamento das parcelas do crédito principal ou dos juros de financiamentos, como medida emergencial para ajudar a mitigar os efeitos da pandemia do novo coronavírus no Brasil. O empréstimo ou os juros poderão ser suspensos por até seis meses, com possibilidade de alongar o prazo total por até 18 meses, além, em alguns casos, de alterações no sistema de amortização. O prazo final para adesão varia entre 30 de junho e 31 de outubro. Essa é a terceira vez que o BNDES aplica a interrupção temporária como medida emergencial desde março do ano passado.

Os benefícios do standstill poderão ser solicitados em casos de operações indiretas automáticas com micro e pequenas empresas de todos os setores ou com empresas de setores específicos, independente do porte. Nesse caso, o período para solicitação fica entre maio a outubro de 2021. Já se a operação contratada tenha sido direta, indireta não-automática e mistas para setores específicos, independente do porte, o prazo para solicitação é menor e vai até 30 de junho deste ano.

Os empreendedores poderão suspender temporariamente o pagamento de débito principal e juros por até seis meses, com possibilidade de alongamento do prazo total de financiamento por até 18 meses e, em alguns casos, alteração do sistema de amortização. Porém, o setor  de audiovisual poderá suspender o pagamento de juros e principal por 12 meses. Caso o cliente esteja com alguma prestação em aberto, os efeitos da suspensão poderão retroagir até a primeira prestação em aberto após 15 de fevereiro de 2021.

O BNDES estima que mais de 100 mil empresas possam ter pagamentos suspensos, em valor potencial de R$ 2,9 bilhões. O banco já disponibilizou solução similar em 2020. A prática de suspensão de pagamentos contou com duas rodadas no ano passado, totalizando R$ 3,1 bilhões em pagamentos de financiamentos indiretos automáticos suspensos, beneficiando quase 29 mil empresas com 2,5 milhões de trabalhadores.

“Essa medida pode dar uma folga para esses empresários que acessaram as linhas de crédito do BNDES, conseguindo assim realizar ações que possam aumentar o caixa da empresa e honrar esse compromisso com a instituição financeira de uma forma mais leve, já que, nesse momento de pandemia, as atividades estão sendo retomadas aos poucos”, avalia a analista técnica do Sebrae no Rio Grande do Norte e especialista em crédito, Ruth Suzana Maia.

Nas operações diretas e mistas, para solicitar a suspensão relativa aos subcréditos diretos, o empreendedor deve entrar em contato direto com o gerente no BNDES. É possível também fazer via formulário. Para operações indiretas não automáticas e subcréditos indiretos de operações mistas, a suspensão deverá ser negociada pelo cliente com o agente financeiro, que, caso concorde, deverá encaminhar o pedido de suspensão ao BNDES. Por fim, em operações indiretas automáticas, a interrupção deverá também ser negociada com o agente financeiro que concedeu o financiamento. Neste caso, a autorização da suspensão dos pagamentos fica a critério do agente financeiro.

 

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Com informações de Agência BNDES de Notícias e Agência Sebrae de Notícias