Três iniciativas para promover startups de mulheres


WMN: espaço só aceita empresas que sejam lideradas por mulheres |Foto: Mariana Iwakura

Um coworking, uma escola de programação e um espaço para mães compartilham esse propósito em Tel Aviv

Mariana Iwakura, de Tel Aviv*
Três iniciativas diferentes de Israel têm o mesmo propósito: aumentar a participação das mulheres na liderança de startups e no desenvolvimento de inovações. Ao abrigar empreendedoras, ensinar tecnologia e acomodar crianças, esses projetos ajudam as mulheres a criar negócios de sucesso.
WMN
O espaço de coworking localizado em Tel Aviv só aceita empresas que sejam lideradas por mulheres. Como essas startups podem ter homens na equipe, a proporção entre elas e eles é de 1 para 1. O local foi idealizado pela empreendedora Merav Oren, fundadora de outros negócios, como a agência de marketing BTL (vendida para o grupo McCann) e a startup Open Restaurants, que promove experiências gastronômicas. O WMN oferece a 11 startups mentoria e workshops, além do espaço físico. Cada pessoa paga mensalmente uma taxa de cerca de US$ 100. O objetivo é expandir as instalações para abrigar empresas que já receberam investimento e podem pagar um aluguel mais alto. “Nossa visão é mudar o jogo para as mulheres empreendedoras”, diz Merav. “Elas se identificam umas com as outras.”

She Codes
A organização, criada pela empreendedora serial Ruth Polachek, reúne mulheres para ensiná-las conceitos de programação. Criada no final de 2013, a comunidade israelense já conta com 10 mil membros. As participantes têm aulas com professores voluntários, em espaços cedidos por empresas como Cisco, Sandisk. Microsoft e IBM, além de instituições de ensino de Israel. Muitas das mulheres não têm background em desenvolvimento de software, mas, com o treinamento, aprendem tecnologias de programação como HTML, Javascript e Python. “Queremos que, até o fim da década, metade dos desenvolvedores do país sejam mulheres”, afirma Ruth.

Campus for Moms
Desde 2013, o Campus Tel Aviv do Google (aberto no ano anterior) mantém um programa para incentivar mães a empreender. Criado em parceria com o grupo Yazamiyot, de mulheres empreendedoras israelenses, o Campus for Moms é uma espécie de escola. Os cursos de tecnologia, as seções de mentoria e as reuniões com investidores são feitas em um espaço com colchões e trocadores de fralda. A ideia é que as mães em licença-maternidade possam dar vazão às suas ideias inovadoras, mesmo com um bebê pequeno no colo. “Havia um vácuo em termos de oportunidades de networking e de apoio para essas mulheres”, afirma Hilla Ovil Brenner, fundadora do Yazamiyot. O programa já teve cinco ciclos – as mulheres são selecionadas com base nas suas ideias e no background profissional.

*A jornalista viajou a convite do Ministério das Relações Exteriores de Israel