A arrecadação do governo federal teve queda real de 2,71% em fevereiro, a 116,430 bilhões de reais, afetada pelo menor recolhimento de impostos sobre a renda das empresas, divulgou a Receita Federal nesta quinta-feira.
Em falas públicas recentes, o ministro da Economia, Paulo Guedes, vinha pontuando que as receitas estavam crescendo “20% acima do previsto” até 15 de março, conforme relatos que lhe foram feitos pelo secretário especial da Receita, José Barroso Tostes Neto.
Segundo Guedes, os números denotavam que “a economia brasileira estava realmente decolando” antes do impacto do coronavírus.
Em fevereiro, contudo, as receitas administradas pela Receita Federal, que envolvem apenas a coleta de tributos, tiveram uma retração real de 4,55% ante igual período do ano passado, a 112,141 bilhões de reais.
Segundo a Receita, o tombo derivou principalmente da forte base de comparação, já que em fevereiro de 2019 o valor da arrecadação extraordinária com Imposto de Renda Pessoa Jurídica/Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL) foi de 4,6 bilhões de reais.
Em fevereiro deste ano, a Receita não identificou nenhuma arrecadação considerada atípica nessa linha, após ter observado um movimento expressivo neste sentido em janeiro.
Com isso, o recolhimento de IRPJ/CSLL teve uma queda real de 26,72% em fevereiro ante igual mês de 2019, diminuição equivalente a 5,934 bilhões de reais, principal fator a pesar no resultado consolidado.
Fonte: Reuters