A luta continua para evitar fechamento da Fafen/SE


O Governo de Sergipe tem atuado continuamente a fim de discutir alternativas para evitar o fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), em Laranjeiras, anunciado recentemente pela Petrobras. Nesse sentido foi criado um grupo técnico, tendo à frente o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), José Augusto Carvalho e auxiliares de governo, como o presidente da Codise, Eugênio Dezen, entre outros, que vem buscando soluções para fazer com que a permanência da fábrica seja mantida, evitando a desarticulação da cadeia de produção de fertilizantes, perda de postos de trabalho e queda de receita.

Além de participar de várias reuniões realizadas em Salvador e em Brasília, em Sergipe a questão vem sendo tratada com empresas e órgãos públicos diretamente envolvidos no fornecimento de insumos e prestação de serviços para a Petrobras. A ideia é buscar alternativas para a redução dos custos, a fim de tornar a atividade produtiva rentável para a empresa e evitar o fechamento da unidade no Estado.

Recentemente o secretário José Augusto recebeu em seu gabinete, na Sedetec, o representante da presidência da Deso, Arivaldo Andrade, quando solicitou que fosse analisada a possibilidade de redução da tarifa de água cobrada à Fafen. Junto à Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) está buscando a desoneração do ICMS dos insumos gás e energia elétrica, exclusivamente para a produção de fertilizantes.

Também estão sendo mantidos entendimentos com a prefeitura de Laranjeiras, para discutir a cobrança de IPTU em toda a área da indústria, e com a Sergás, para solicitar a redução ou até mesmo a isenção da cobrança da tarifa de movimentação do gás. “Já entramos em contato com a Golar Power, empresa responsável pelo suprimento de gás para a usina termoelétrica, a fim de que analisem a viabilidade de fornecimento do insumo também para a Fafen, com preços mais competitivos, inclusive já tendo recebido uma sinalização favorável”, destacou o secretário.

De acordo com José Augusto, isso seria uma medida provisória, visto que daqui a três anos está prevista a entrada em produção de poços em Sergipe, em águas profundas. “Dessa forma haverá disponibilidade de volume expressivo de gás, inclusive para abastecer a Fafen, em Laranjeiras”, informou. “Também há a expectativa que em seguida entrem em produção os poços do consórcio formado pela Exxon-Mobil, Queiroz Galvão e a Murphy Oil, que vai produzir em blocos na bacia marítima de Sergipe, gerando maior disponibilidade para o Estado, a custos mais baixos”, ressaltou.