Descomplicando a Economia


Quer emprego? Os empresários estão contratando!

Os empresários sergipanos manifestaram a volta da confiança na economia nessa fase de redução do avanço da pandemia da COVID-19. É o que dizem os resultados da pesquisa do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), realizada pela CNC e analisada pela divisão econômica do Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento (IFPD) de Sergipe. Em termos de indicadores, 78,9% dos empresários afirmaram que pretendem fazer contratações para suas empresas nos próximos meses. Elevando ainda mais a recuperação de postos de trabalho, fortalecendo a reconstrução da economia comercial sergipana. De modo encadeado, os novos empregos que os empresários pretendem gerar, irão estimular a ampliação do consumo, com mais receita circulante nas lojas, fortalecendo o processo econômico sergipano.

Shoppings em crescimento

A tendência se confirma quando observamos o comportamento das empresas que trabalha com comércio varejista de shopping. O Grupo JCPM, que soma participação acionária em 11 shoppings e responde pela comercialização de oito deles, informou que há uma reação da economia do ponto de vista de novos contratos com lojistas. O ritmo voltou aos patamares de 2019, pré-pandemia e o ano de 2021 está acima da meta comercial estabelecida. O primeiro semestre somou 106 novos contratos. Em Sergipe, 36 operações foram inauguradas nos shoppings Jardins e RioMar Aracaju neste ano, gerando cerca de 150 empregos diretos. Em breve, 14 novas marcas devem chegar aos dois principais centros de compras de Sergipe, promovendo maior elevação dos postos de trabalho nos centros de compras. A expansão das atividades comerciais em shoppings centers será um dos principais propulsores da continuidade da recuperação dos postos de trabalho no comércio, que mantém uma tendência de alta no ano de 2021, indicando que os consumidores voltaram às compras com força, suplantando a demanda reprimida e reinvestindo nas lojas. O que confirma a elevação da confiança dos empresários avaliada pela Fecomércio.

Jovens investem em franquias 

Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) aponta que o interesse deles pela franquia como opção de negócio cresceu 8,4% no período entre março de 2020 a maio de 2021. Em março do ano passado, esse público representava 50,8% dos novos franqueados. Em maio de 2021, essa participação aumentou para 59,2%. A instabilidade do mercado de trabalho e a busca por uma segunda fonte de renda são apontadas como as principais motivações que têm levado os jovens a empreender, ao invés de focar no desenvolvimento de carreira em uma grande empresa, por exemplo. E as franquias têm se revelado um caminho promissor para quem busca abrir o primeiro negócio. Mesmo em um cenário desafiador decorrente da pandemia, as redes de franquia continuam expandindo no Brasil. De acordo com a ABF, no segundo trimestre de 2021, foram abertas 3,9% mais unidades – contra 1,2% no mesmo período do ano passado – e fechadas 1,7%, resultando num saldo positivo de 2,2%. No segundo trimestre de 2020, o saldo havia sido negativo de 3,2%.

Inflação em Aracaju atinge 8,79% em doze meses

Em Aracaju, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,65% em agosto de 2021, superior ao que foi registrado no mês de julho (0,53%) e em agosto de 2020, quando o índice chegou a -0,30%. Nos oito meses do ano, o índice acumula alta de 5,67%. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta é de 8,79%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (09) pelo IBGE. Em Aracaju, o grupo de produtos e serviços com maior impacto no mês de agosto foi o da Transportes, que registrou alta de 1,82%. No grupo, o maior impacto veio do aumento de preços dos combustíveis (0,26 p.p), sendo que a gasolina subiu 4,30% e o preço do óleo diesel subiu 1,56%. Além disso, os automóveis novos registraram aumento de 1,66%, com impacto de 0,05 p.p. no índice. O segundo maior impacto veio do grupo Alimentação e bebidas, com alta de 0,56%. A alta no grupo foi impulsionada pelo aumento do preço da batata-inglesa (24,33%). Em contrapartida, o arroz apresentou uma redução de seus preços (-3,39%), assim como a laranja-pera (-12,44%).