Os avanços na tecnologia e o crescimento dos mercados disponíveis tornaram mais fácil do que nunca comprar e vender online. E, mesmo com a reabertura do comércio físico, as vendas na internet continuam a subir, o que faz do e-commerce um mar de oportunidades em todas as áreas. Sendo assim, nada mais natural do que o crescimento do número de lojas virtuais, marketplaces e ecossistemas eletrônicos.
Porém, à medida que mais empresas estão online, a concorrência aumenta e fica cada vez mais difícil o lojista ser encontrado por novos clientes. Como a internet é um universo incrivelmente dinâmico, as lojas virtuais precisam estar em consonância com as atualizações presentes na sociedade, de forma a acompanhar a evolução da tecnologia e os anseios do consumidor.
Considerando esse cenário, 2022 promete ser bem movimentado e incrível para quem souber empreender nos meios digitais com qualidade e estiver pronto para atender às demandas. Para tanto, é preciso estar atento às tendências para este ano no e-commerce, que vão desde o aumento de gastos com publicidade até a adoção de novas estratégias para atração e fidelização do cliente. Vamos pontuar algumas delas.
Custos maiores
Com mais concorrência, a tendência é que aumentem também os gastos com publicidade digital, pois essa ferramenta é necessária para que a loja virtual seja encontrada. Não por acaso, os custos de publicidade digital estão consumindo os orçamentos de marketing, até porque, com o aumento da demanda, os anúncios pagos estão ficando mais caros.
Construção da marca
As empresas estão superando a concorrência investindo na construção da marca, o que aumenta o valor da vida útil do cliente, aumenta as taxas de conversão no curto prazo e atrai compradores fora do mercado no longo prazo. É importante ter em mente que as marcas que falam para todos não falam para ninguém. Os consumidores procuram experiências e marcas diferenciadas com as quais possam se conectar. Por isso tem sido cada vez mais comum as empresas investirem em comunidades online para humanizar suas marcas, aumentar a retenção de clientes e superar os custos de publicidade disparados.
Coleta de informações
Por conta da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), no Brasil, e de legislações similares nos principais mercados do mundo, os usuários da internet estão exercendo seus direitos de privacidade. Por isso, Apple, Firefox e Brave já bloqueiam cookies de terceiros automaticamente e o Google Chrome fará o mesmo até o final de 2023. Como solução, as marcas estão dando prioridade a coletar diretamente do cliente – e com o consentimento dele – informações que possibilitam oferecer uma experiência de compra personalizada. Portanto, daqui para frente o envio de questionários, para conhecer melhor o consumidor, será uma prática muito comum.
Omnichannel
A omnicanalidade não é propriamente novidade, mas se trata de um modelo ainda pouco usado no Brasil e que este ano deverá ser mais bem aproveitado pelas lojas virtuais. Não dá para falar sobre as principais tendências para o e-commerce em 2022 sem falar em omnichannel. O conceito diz respeito à integração de diferentes canais de venda.
A ideia básica é proporcionar que uma empresa, marca ou produto esteja presente em todos os lugares e em todas as plataformas que seus consumidores possam acessar. Com isso, é possível fazer uma transação pelo app, por exemplo, e retirar na loja física, buscar pelo site e receber em casa e assim por diante, com todas as opções de compra interligadas de forma simultânea e baixo custo.
Comércio colaborativo
O comércio colaborativo é mais uma das fortes tendências para o e-commerce em 2022. Por meio do conceito, tanto um pequeno vendedor quanto uma grande marca podem comercializar seus produtos em um mesmo local, como um marketplace. A união dos marketplaces com a concepção do omnichannel é uma proposta de valor que permite ao consumidor achar todos os produtos de seu interesse com poucos cliques, em uma só plataforma e com ofertas integradas, realizando suas aquisições da maneira mais conveniente para si e com a possibilidade de fazer todas as suas compras de uma só vez.
Live commerce
Ao impedir a realização de eventos presenciais como shows, palestras e exposições, a pandemia contribuiu para o surgimento de um modelo que levou muitos clientes para o comércio eletrônico. Trata-se do live commerce. Durante as apresentações de um artista famoso, via plataforma digital, os internautas podiam comprar ingressos, produtos ou fazer doações apenas apontando seus smartphones para um QR Code, que direcionava a um link de pagamento. Por isso, uma das tendências para o e-commerce em 2022 é o live commerce, até porque 70% dos consumidores brasileiros afirmam que pretendem comprar mais pela web.
Rapidez na entrega
O imediatismo vem sendo uma das características marcantes da sociedade moderna. Com isso, não é de se espantar que uma das principais tendências para o e-commerce em 2022 seja a rapidez na entrega, com uma demanda imensa de consumidores que buscam lojas virtuais e aplicativos com prazos curtos, eventualmente até no mesmo dia.
E não pense que isso seja um diferencial. É o básico exigido pelos clientes que, na hora de escolher, não pensarão duas vezes em comprar da concorrência se ela entregar antes do que você. Logicamente, isso impõe uma revolução logística, com novas parcerias e centros de distribuição.
Metaverso
O Metaverso é uma nova forma de interargir e navegar no ambiente digital, que vai além do consumo como é hoje. A figura real de um consumidor passa a ser representada por um avatar. Além de ser uma nova forma de interação, o avatar gera novas necessidades de consumo como, por exemplo, roupas e acessórios para esse mesmo avatar, terrenos e imóveis virtuais, mobiliário, entre outros produtos, que só existem no meio digital, mas que poderão ser replicados na vida real. É uma tendência que começa agora, mas cujo desenvolvimento ocorrerá ao longo dos próximos 5 ou 10 anos.
Como se vê, são muitas as tendências para o e-commerce em 2022 e as empresas precisam estar em sintonia com as novas demandas, expectativas e necessidades do consumidor moderno. Além disso, considere que a confiança é a principal moeda do futuro do comércio eletrônico. As marcas devem ser transparentes, autênticas e prontamente disponíveis para seus clientes. Prosperar neste novo cenário de comércio eletrônico exigirá visão e ação únicas e muito suor dos empreendedores.
Fonte: Site Mundo do Marketing