Levando as raízes nordestinas cada vez mais longe, o projeto sergipano Receitas de Origem foi aprovado no programa de aceleração do Founder Institute, considerado o maior lançador de startups em todo o mundo. Presente em mais de 65 países, o Founder propõe processos de mentoria, avaliação e desenvolvimento de negócios para empreendedores de alto impacto, e contempla, em 2021, a empresa Dom do Brasil, responsável pelo projeto que foi um dos aprovados pela Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec), no âmbito do Programa Centelha.
A fundadora da startup, Aline Marianne, explica sobre os avanços já conquistados no processo de aceleração, frisando que um deles resultou na transformação do nome para ampliação do escopo do projeto. “Formatamos nossa proposta de valor e, com isso, nos transformamos de Receitas de Origem para Dom do Brasil. A ideia de trazer a riqueza dos dons do brasileiro como valor e marca única, singular vetor de transformação comunitária, social e econômica, está inclusa nas transformações conceituais que estamos implementando”, resume, destacando o potencial de crescimento do projeto já apontado pelos mentores do Founder Institute.
A fundadora explica que o processo de formação e aceleração conduzido pela entidade global tem duração de 12 semanas, durante as quais cada projeto passa por diversas arguições e etapas de incremento. O programa segue a metodologia utilizada na região estadunidense do Vale do Silício, incluindo elaboração e aperfeiçoamento dos modelos de estruturação, visão, propósito, branding e receita, entre outros.
“Em meu primeiro pitch no Founder, foi uma forma de validação mostrar que o projeto tinha sido aprovado no Centelha, que tem um grande respeito nacional e me dá subsídios de valorização. É um cartão de visitas muito importante, um programa que precisa ser muito estimulado e valorizado. Tenho certeza de que foi um caminho muito acertado começar pelo Centelha, caminhar com ele e agora estar no Founder. Agradeço à Fapitec, porque o Receitas de Origem e o Dom do Brasil são um projeto que assume não só um estado ou uma região, mas que pode alcançar muito mais”, afirma Aline.
VALORIZAÇÃO
Ao longo do programa, os projetos são submetidos a mentores e investidores e precisam ser bem avaliados para prosseguir no processo. Em média, cerca de 35% dos participantes conclui a formação, que já ajudou a lançar mais de quatro mil startups no decorrer de seus mais de 10 anos de atividade. Aline Marianne salienta que, na primeira rodada de pitchs do programa, sua proposta foi a única a alcançar nota máxima entre os empreendedores do Founder Institute Nordeste. Além de ser selecionada para o grupo Nordeste, a empresa também foi contemplada para o grupo São Paulo. “Por uma questão de origem, desejei seguir no Nordeste, como forma de valorizar nosso ecossistema”, pontua.
Para o diretor-presidente da Fapitec, Ronaldo Guimarães, a aprovação do projeto Dom do Brasil pelo Founder Institute reafirma a coerência das propostas apoiadas pelo Programa Centelha. “Não temos dúvidas de que os empreendimentos que recebem o suporte do Centelha são de alta qualidade, e o reconhecimento de uma instituição global como o Founder só vem reforçar essa certeza. Nossa perspectiva é de que cada vez mais projetos contemplados pelo Programa e demais editais da Fapitec encontrem esse mesmo nível de alcance, como merecido”, enfatiza.
SOBRE O PROJETO
A proposta do Dom do Brasil se baseia no mapeamento, fomento e circulação de produtos e personagens de diversas localidades brasileiras que tenham o fazer local como símbolo, e que identifiquem o saber geracional de seu povo, através da culinária, dos sabores regionais, da indicação geográfica e das marcas coletivas. Tudo foi desenvolvido com base nos relatos, pesquisas e necessidades apontadas pelos próprios empreendedores sobre como comunicar, posicionar, promover a inclusão digital, a venda e a circulação de produtos, produtores e regiões.
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Fonte: SUPEC/SE