Por que 2017 pode ser o céu ou o inferno para Apple e Samsung


Não há muito como discutir: Samsung e Apple se tornaram as empresas de tecnologia mais importantes do mundo mobile. Ao longo dos últimos dez anos, as duas cresceram em uma escala que nem mesmo os investidores mais otimistas imaginavam ser possível. E isso foi tão duradouro que parecia ser eterno… Mas o crescimento encontrou barreiras.

No mesmo ano, as duas companhias passaram por problemas em seus números — seja em queda nas vendas ou em prejuízos por causa de dispositivos. Tanto Apple quanto Samsung viram seus fãs se decepcionarem com alguns de seus produtos.

Por causa disso, ambas precisam fazer de 2017 um ano de redenção. Apple e Samsung têm que conseguir elevar o nível de seus produtos e convencer os consumidores de que ainda vale a pena investir neles. Quer saber mais sobre tudo isso?

2016: um ano fraco para a Apple

Em todos os anos acontece um processo similar na Apple, e isso envolve vários produtos sendo anunciados: computadores, tablets e smartphones, principalmente. Em 2016, não vimos novos tablets. Além disso, os computadores até que trouxeram alguma inovação, mas os smartphones decepcionaram.

Esperava-se uma reformulação nos dispositivos, mas eles surgiram com o mesmo design visto nos últimos dois anos. Com exceção de uma câmera dupla na versão Plus, os iPhones 7 apareceram apenas com hardware atualizado e nada mais para os seus fiéis clientes.

Por causa dessa falta de inovação, analistas disseram que o iPhone 7 chegou ao ápice das vendas ainda em novembro — e à consequente primeira queda nas vendas dos aparelhos na história.Isso acontece justamente no ano em que a Apple registra a primeira queda nos lucros dos últimos 14 anos — algo que aconteceu em outubro. Pouco depois, um ex-diretor da companhia norte-americana foi enfático ao dizer: “A Apple está perdida sem Steve Jobs”, o que claramente não agrada investidores, consumidores ou outros executivos.

Juntamente com a falta de inovação do iPhone 7, foi apresentado um novo fone de ouvido Bluetooth, chamado AirPods. E pela primeira vez em muito tempo, a Apple sofreu com atrasos na entrega dos produtos, que ainda não podem ser comprados por consumidores em nenhum lugar do mundo.

2016: um ano explosivo (do jeito ruim) para a Samsung

Se a Apple foi criticada por falhar na inovação, a Samsung não sofreu com isso. Tanto Galaxy S7 quanto Galaxy Note 7 conquistaram muitos elogios por design, hardware e recursos de última geração apresentados. O problema foi que o modelo Note 7 não era nada seguro e se tornou um dos maiores fiascos da história da indústria.

Não foram poucos os casos de explosões com os dispositivos. Quase 3 milhões de aparelhos foram devolvidos pelos consumidores, e até agora a fabricante ainda não soube explicar exatamente quais foram os motivos pelos quais houve a falha generalizada — a companhia coreana diz que a falha não está na bateria, mas um problema no design ainda é cogitado como causador.

O que isso tudo fez com a Samsung? Primeiro: manchou a reputação da companhia de uma maneira que nenhum investidor gostaria de ver. Segundo: levou os relatórios da companhia a apontarem queda de quase 30% nos lucros — o que os investidores querem ver ainda menos.

Em resumo: 2016 foi um ano em que a Samsung se viu em meio a um dos maiores escândalos da tecnologia e notou que a reputação construída ao longo da última década não é inabalável. É lógico que há como reverter isso, mas o caminho é árduo!

2017: duas empresas em busca de redenção

Você acabou de entender por que o ano  de 2016 foi ruim para as duas gigantes da tecnologia, não é mesmo? Agora, espera-se que as empresas consigam dar a volta por cima para fazer com que seus produtos correspondam ao que se espera de dispositivos que estão no topo do mercado. Veja como isso pode acontecer!

Apple e os 10 anos do iPhone

Foi em 2007 que Steve Jobs mostrou o iPhone pela primeira vez para todo o mundo. Aquele não foi o primeiro smartphone da história, mas certamente foi o que deu o pontapé inicial para fazer com que o segmento chegasse ao mercado do consumidor comum — antes, esses dispositivos eram totalmente voltados ao uso profissional, sendo quase PDAs integrados a telefones.

Em 2017, vamos ver o aniversário de dez anos daquele momento. São enormes as expectativas de que a Apple traga algo realmente revolucionário para honrar a memória de Jobs e os consumidores que apostaram tanto na marca ao longo dos últimos anos.

Há quem diga que o iPhone 7 tenha surgido com pouca inovação para guardar tudo para o modelo do ano que vem. Se isso se concretizar, podemos esperar um iPhone 8 (ou iPhone 10) com força total para o mercado de todo o planeta. Afinal de contas, um novo iPhone que renove conceitos certamente fará sucesso.

Por outro lado, se não virmos nada muito inovador em mais uma geração dos aparelhos da Apple, não é exagero pensar que os iPhones podem iniciar um processo similar ao que vimos na Blackberry ou na Nokia anos atrás — lembrando que esta última era líder absoluta e viu seus relatórios cada vez piores por não saber inovar nas horas corretas.

Samsung e o S8 integrador

O Galaxy S8 não está comemorando dez anos, mas possui uma missão igualmente complicada. Ele precisa seguir o mesmo padrão de qualidade das gerações anteriores (S7, S6) e ao mesmo tempo mostrar que a Samsung conseguiu superar os problemas vistos no Galaxy Note 7.

Como dizem vários rumores, é bem possível que o Galaxy S8 surja com uma versão adicional — além do tradicional e do modelo Edge —, sendo que uma delas seria um dispositivo “Pro” criado para substituir a linha Note, que tem grandes chances de ser descontinuada pela fabricante coreana.

Assim como acontece na Apple — e talvez ainda mais —, a Samsung também necessita que 2017 seja um diferencial para seus produtos. O Galaxy S8 precisa conseguir integrar os consumidores da atual geração S7, bem como atender aos que foram abandonados pelo Note 7.

Somente dessa maneira podemos imaginar que 2017 seja um ano de redenção e retorno ao crescimento para a empresa. De outro modo, podemos esperar uma estagnação momentânea para a companhia.

Na sua opinião: 2017 vai ser o céu ou o inferno para estas duas gigantes da tecnologia?

Tecmundo