Estudo aponta queda do desempenho em inovação no Brasil


De acordo com pesquisa encomendada pela CNI e pelo Sebrae, o país retrocedeu nos últimos anos e tem o pior resultado entre os países desenvolvidos e emergentes

A Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), apresentou em reunião os resultados de um estudo sobre o cenário da inovação no Brasil, que vem decaindo nos últimos seis anos. O país tem a pior colocação entre os integrantes dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e no ranking geral aparece no 69º lugar.

O BRICS é um mecanismo internacional formado pelo agrupamento de países considerados emergentes devido ao rápido crescimento de suas economias em desenvolvimento. Dentre os integrantes, a China obteve os melhores resultados no Índice Global de Inovação, alcançando a 25º lugar. Já o Brasil perdeu 22 colocações, passou da 47ª posição em 2011 para a 69ª em 2016.  A Rússia aparece na 43ª posição e, a África do Sul, na 54ª. A Índia perdeu 4 colocações e está em 66º lugar. O estudo é produzido pela Universidade de Cornell (EUA) e a Escola de negócios Insead (França), em parceria com a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Ompi).

A inovação é uma das principais ferramentas para manter a competitividade, através dela as empresas se tornam mais fortes para enfrentar as incertezas do mercado, promovendo também o crescimento econômico de uma nação. Segundo o economista e Superintendente do IEL/Sergipe, Rodrigo Rocha, a inovação é fundamental para promover o desenvolvimento. “Para um país se desenvolver é essencial contar com uma agenda robusta voltada para o estímulo à inovação. No Brasil existem muitas ações acontecendo, mas que precisam ser mais bem estruturadas, para gerarem resultados mais positivos. A CNI e o IEL Núcleo Central têm atuado fortemente para melhorar o ambiente da inovação no país, e, em Sergipe, a FIES e o IEL/SE possuem papéis estratégicos na execução de uma série de ações em prol da inovação”, explicou o economista.

Sobre o futuro do panorama da inovação no país, Rodrigo Rocha afirma, “ainda existem muitos desafios a serem superados, para o Brasil voltar a apresentar resultados melhores do que os já alcançados no passado, nessa área. Porém, através de ações mais articuladas entre os centros de conhecimento e as empresas e um melhor acompanhamento do impacto das políticas públicas, possibilitando o aperfeiçoamento dos instrumentos existentes voltados para esse tema, com certeza o país e, em especial o estado de Sergipe, poderá contar com empresas cada vez mais competitivas”.

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