A poupança teve valorização acumulada de 8,34% em um ano até fevereiro, enquanto a inflação oficial no período foi de 4,76%. E fevereiro foi o nono mês consecutivo no qual a poupança registrou ganho mensal em relação à inflação oficial. O ganho acumulado nos nove meses, de junho de 2016 até fevereiro de 2017, foi de 6,20%. A sequência de nove meses positivos descontada a inflação não era registrada desde março de 2012, quando a poupança registrou 11 meses consecutivos de retorno positivo, acumulando 6,82% de maio de 2011 até março de 2012. Por aqui, segundo análise realizada pelo Boletim Sergipe Econômico, os depósitos na caderneta de poupança alcançaram mais de R$ 61,7 bilhões, no ano passado. Quando comparado com os depósitos feitos em 2015, a alta foi de 3,1%. O total dos financiamentos imobiliários concedidos no estado, em 2016, com recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) foi de R$ 511,6 milhões, assinalando retração de 14,5%, na comparação com o ano anterior. O SBPE é integrado por instituições financeiras especializadas na concessão de financiamentos habitacionais, tendo como fontes de recursos os depósitos em caderneta de poupança e repasses dos recursos do FGTS.
SEFAZ INTENSIFICA FISCALIZAÇÃO ÀS COOPERATIVAS DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS – As oito cooperativas e os proprietários de veículos cooperados que atuam no transporte intermunicipal de passageiros estão sendo enquadrados por órgãos de fiscalização do Estado, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, para se adequarem à legislação que regulamenta a atividade, principalmente no tocante ao cumprimento das obrigações tributárias fiscalizadas pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), que desde o mês passado desencadeou um trabalho especial de fiscalização ao constatar irregularidades na emissão dos bilhetes de passagem. Todos os proprietários de veículos que apresentarem irregularidades estão sendo notificados. Em caso de identificação de reincidência, é feita a lavratura do auto de infração, que corresponde a 50% do valor de cada passagem não emitida. Os principais problemas constatados são a emissão de bilhetes sem validade legal, talões de passagem rasurados, bilhetes preenchidos de forma incompleta ou até mesmo reutilização de bilhetes não entregues aos passageiros. Desde a segunda quinzena de fevereiro está sendo realizada fiscalização específica na Coopertalse, Coopetaju, Coopersertão, Transertão, Via Norte, Coopervan, Coopase, Coagreste e em cada um dos cooperados que atuam no sistema alternativo de transporte intermunicipal de passageiros no Estado.
PREÇO MÉDIO DA GASOLINA VENDIDA EM SERGIPE RECUOU 2,5% EM FEVEREIRO – O preço médio cobrado pelo litro da gasolina no estado ficou em R$ 3,676, registrando queda de 2,5% quando comparado com fevereiro do ano passado. No comparativo com janeiro de 2017, houve retração de 1,4%. As variações são em termos nominais, sem considerar o efeito da inflação no período. O preço médio do etanol vendido, no segundo mês deste ano, ficou em R$ 3,158, registrando alta de 1,2% sobre o mesmo mês de 2016. No comparativo com janeiro último, a elevação foi de 0,8%. O óleo diesel registrou preço médio de R$ 3,105 por litro, no mês analisado. Em termos comparativos, houve elevação de 3,2% em relação ao ano passado. Já em relação ao mês imediatamente anterior, percebeu-se expansão de 0,8%. Para o Gás Natural Veicular (GNV), o preço médio praticado por metro cúbico (m³) foi de R$ 2,405, assinalando acréscimo de quase 5% sobre fevereiro de 2016. Quando comparado com janeiro do ano corrente, observou-se alta de 0,7%. O Gás de Petróleo Liquefeito (GLP), ou gás de cozinha, registrou preço médio de R$ 59,07 (por 13 kg), com alta de 11,4%, quando confrontado com fevereiro de 2016. Em relação ao primeiro mês de 2017, a alta foi de 0,8%.
REPASSE DO FPE CRESCEU 4,6% – O repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE) para o estado de Sergipe em fevereiro ultrapassou os R$ 300 milhões. Em termos relativos, verificou-se alta real (descontando a inflação) de 4,6% no repasse em relação a fevereiro de 2016. Quando comparado com o mês imediatamente anterior, janeiro último, observou-se elevação em termos reais de 27,3%. Com os dados de fevereiro, as transferências acumuladas do FPE para Sergipe ultrapassaram R$ 550 milhões, com elevação de 3,4% em relação ao registrado nos dois primeiros meses do ano passado. Já o repasse a os municípios sergipanos, através do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), somou R$ 113,9 milhões, no mês analisado. Nos dois primeiros meses do ano corrente, o repasse do FPM ficou acima dos R$ 200 milhões, assinalando alta de 3,8%, em relação ao mesmo período do ano passado, em termos reais. E o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) chegou a R$ 64,1 milhões, em fevereiro. Com os dados, os repasses do Fundeb para o estado, entre janeiro e fevereiro, superaram os R$ 125,5 milhões, situando-se 19,6% acima do verificado no mesmo período de 2016.
HOUVE RECUO NA CONCESSÃO DE CRÉDITO EM SERGIPE EM JANEIRO – O total das operações de crédito no estado, em janeiro deste ano, ultrapassou os R$ 17,7 bilhões. No entanto, em termos relativos, notou-se recuo de 0,7% na concessão de crédito quando comparado com o mês imediatamente anterior, dezembro último. Em relação a janeiro do ano passado, observou-se queda maior, de 3,2%. As operações de crédito de pessoas físicas ultrapassaram os R$ 12,6 bilhões, com crescimento de 4,4%, quando comparado com o mesmo mês de 2016. No confronto com o mês anterior, dezembro último, a tomada de crédito aumentou 0,3%. Por sua vez, o crédito concedido às pessoas jurídicas retrocedeu 18,0%, em relação ao volume de crédito de janeiro do ano passado, movimentando pouco mais de R$ 5,1 bilhões em operações. Quando comparado com o mês imediatamente anterior a queda foi menor, de 3,0%. A taxa geral de inadimplência das operações de crédito, referente aos atrasos de pagamentos superiores há noventa dias, situou-se em 4,20% dos contratos, registrando pequeno avanço de 0,7%. Para as pessoas físicas, a taxa de inadimplência ficou em 4,05%, aumentando 1,7%. Quanto às empresas, a taxa de inadimplência registrada foi de 4,57%, recuando 1,3%. Análise do Boletim Sergipe Econômico.
QUEDA ACENTUADA NAS VENDAS DE VEÍCULOS EM SERGIPE: 4,9% – As vendas de veículos novos em fevereiro totalizaram 1.101 unidades, na soma dos montantes de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus licenciados, pela primeira vez, no período em análise. O primeiro emplacamento do veículo é considerado como venda, por causa do prazo estabelecido em lei para isto. Ou seja, o prazo é de 15 dias consecutivos após a data de saída do veículo da loja, localizada no estado. Em termos relativos, quando comparado com as vendas de fevereiro de 2016, verificou-se baixa de 4,9%. Em relação ao mês imediatamente anterior, primeiro mês do ano, também houve queda, porém de 5,1%. As vendas dos dois primeiros meses do ano corrente ficaram 2,0% abaixo do verificado no primeiro bimestre do ano passado. As vendas de automóveis e comerciais leves chagaram a 1.069 unidades, apresentando queda de 4,5% quando comparado com o mesmo mês do ano passado. Já em relação ao mês imediatamente anterior, janeiro último, houve baixa de 5,6% nas vendas. No primeiro bimestre do ano, as vendas ficaram 0,9% abaixo do mesmo intervalo de 2016. Entre os veículos pesados, o segmento de caminhões registrou vendas de 23 unidades, com aumento de 21,1% em relação ao primeiro mês do ano. O segmento de ônibus comercializou nove unidades, assinalando aumento de 12,5% na mesma comparação. As vendas e o licenciamento de ciclomotores, motocicletas e motonetas, a partir de 50 cilindradas, de acordo com a Lei 13.154/2015, somaram 1.275 unidades.
BALANÇA COMERCIAL SERGIPANA REGISTRA DÉFICIT DE US$ 3,4 MILHÕES EM FEVEREIRO, O TERCEIRO SEGUIDO – Em fevereiro desde ano, a balança comercial registrou déficit de US$ 3,4 milhões, um resultado das exportações sergipanas, que contabilizou aproximadamente US$ 6 milhões, e das importações, com o registro de US$ milhões. Durante o ano, as exportações somaram US$ 12,6 milhões, retraindo 8,5%, em relação ao mesmo período de 2016. Já as importações acumularam, nos dois primeiros meses do ano, US$ 20,6 milhões, o que significou redução de 8,7% em comparação ao mesmo período do ano passado. Por fim, o saldo acumulado da balança comercial continua deficitário em, aproximadamente, US$ 8 milhões. As vendas, que se destacaram no período analisado, foram as dos sucos de laranja, congelados, não fermentados e dos outros açúcares, que responderam, respectivamente, por 29,92% e 24,03% do total exportado. Além desses, aparecem entre os principais produtos exportados pelo estado: os calçados e os outros recipientes tubulares, de alumínio, de capacidade não superior a 300 litros. Estes dois itens em conjunto responderam por 22,56% do total das vendas sergipanas, no período analisado. No tocante as importações do estado, referentes a fevereiro de 2017, o destaque foi a compra do ‘coque de petróleo não calcinado’, que somou US$ 3,3 milhões, ou seja, 35,35% das importações sergipanas. O sulfato de amônio foi outro produto que se destacou, respondendo por 13,50% do total importado no mês analisado. Na análise por países de destino dos produtos sergipanos, o grande destaque, em fevereiro deste ano, foram as vendas para os Países Baixos (Holanda), responsável por mais de 35,34% do total exportado pelo estado, sendo também o principal comprador do suco de laranja do estado. Outro país que se destacou foi a Gâmbia, que comprou exclusivamente os outros açúcares de cana, beterraba, sacarose quimicamente pura, respondendo por 18,05% das exportações no mês de fevereiro. Com relação aos fornecedores, os principais países de origem das compras estaduais, no período analisado, foram a Venezuela (US$ 3,3 milhões), a China (US$ 1,5 milhões), os Estados Unidos (US$ 1,4 milhões), a Alemanha (US$ 645 mil) e a Itália (US$ 512 mil).
JUSTIÇA FEDERAL DETERMINA DEMARCAÇÃO DE ÁREAS DE MARINHA NO LITORAL SUL DE SERGIPE – A Justiça Federal determinou que a União elabore, no prazo de 90 dias, cronograma de ações necessárias a identificar, homologar, demarcar e registrar em cartório todos os terrenos de marinha nas áreas que compreendem as bacias dos rios Piauí, Real, Fundo e seus afluentes, nos municípios de Estância, Santa Luzia do Itanhy e Indiaroba. A decisão atende ação ajuizada pelo Ministério Público Federal em Sergipe (MPF/SE) com a finalidade de promover a regularização dos terrenos de marinha no sul do Estado. De acordo com a decisão, no prazo máximo de dois anos, a demarcação das terras deve ser concluída. A ação do MPF/SE é resultado de denúncias de populações tradicionais que vivem em função de pesca, coleta de frutas e de crustáceos na região. Cerca de três mil famílias estão sendo impedidas de exercer essas funções, devido ao fechamento, por particulares, de estradas e dos portos, localizadas em áreas da União. Segundo levantamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), dos 39 portos da região, 36 estão com acesso fechado, três destes se localizam em território quilombola. Na região, os pescadores também denunciaram graves problemas ambientais causados pela carcinicultura (criação camarão) e pelo desmatamento ilegal. Além disso há registro de violência e ameaças contra ribeirinhos que se arriscam dentro das fazendas para ter acesso aos rios.
BANCO DO NORDESTE ANUNCIA STARTUPS SELECIONADAS PARA INTERCÂMBIO EM ISRAEL – A mineira AgroWet e as cearenses QNQ e Selletiva (encubada no Porto Digital de Recife), foram selecionadas pelo Banco do Nordeste, ao vencerem chamada pública realizada pelo Hub Inovação Nordeste – Hubine, que contou com 44 empresas inscritas. As vencedoras foram consideradas como iniciativas com grande potencial de impacto na Região. No dia 21 de abril, as startups seguem para intercâmbio de uma semana em Israel, país considerado polo mundial de inovação. O presidente do Banco, Marcos Holanda, o economista–chefe, Luiz Esteves, e o inovador-chefe da instituição, Eduardo Gaspar acompanharão os empreendedores na viagem. Após o período de intercâmbio, os selecionados participarão de seminários no centro de inovação do Banco do Nordeste, Hubine, em Fortaleza (CE), para compartilhar o conhecimento adquirido. Segundo o presidente do BNB, Marcos Holanda, a integração entre startups nordestinas e israelenses vai transformar conhecimento em negócios de maior valor agregado, que gerem mais oferta de empregos e riqueza.