A Petrobrás ressurge e frustra os seus detratores


Apresentada pela mídia como a empresa mais endividada do mundo na campanha pelo impeachment, a Petrobrás subiu 157% na bolsa de valores desde o começo do ano até a sexta-feira 15 (de julho) e agora é a queridinha do mercado. Apesar de prejudicada pela queda do preço do petróleo, saqueada por uns poucos e com a cadeia produtiva desarticulada pela Lava Jato, mostra força e distancia-se da depreciação almejada pelos detratores, alguns deles interessados em comprá-la a preço de banana. A produção de óleo e gás atingiu o recorde de 2,9 milhões de barris em junho. A alta produtividade no pré-sal da Bacia de Santos, região de nove dos dez poços com maior produção, permitiu baixar o custo de extração para menos de 8 dólares o barril. Entre 40 e 50 dólares, já era o mais baixo do mundo, e o novo valor supera as expectativas mais otimistas de redução do custo. A procura no exterior por títulos da empresa no valor de 3 bilhões de dólares superou em 2,3 vezes a oferta. Os seus inimigos não estão contentes. (Carlos Drummond, na revista Carta Capital)

RIO-2016 DISTRIBUIRÁ 450 MIL PRESERVATIVOS E INCENTIVA: ‘CELEBRE COM CAMISINHA’ – Carnaval ou Jogos Olímpicos? Se depender das 41 máquinas da Vila Olímpica o incentivo é para que as delegações olímpicas “celebrem com camisinha”. Inaugurada no domingo, a Vila Olímpica tem 41 máquinas com a frase de incentivo escrita em Português, Inglês e Espanhol. E não faltarão preservativos para a “celebração”: são 450 mil no total, número três vezes maior que Londres-2012. Outra curiosidade é que o anúncio na máquina também diz que as camisinhas são feitas com Látex da Amazônia, ou seja, ecologicamente corretas. O Ministério da Saúde informou que produziu 450 mil camisinhas, mas a distribuição é de responsabilidade do Comitê Olímpico e da Secretaria municipal de Saúde. As máquinas, chamadas de dispensas de camisinhas, estão distribuídas pela policlínica e por diversos pontos da Vila Olímpica.

ARACAJU REGISTRA MAIOR AUMENTO DA CESTA BÁSICA DO NORDESTE – A cesta básica nordestina registrou aumento de 3,5% em junho em comparação com o mês anterior, chegando a R$ 373,23. A variação superou a média nacional para o período (3,3%), ultrapassando também os acréscimos verificados nas cestas básicas das regiões Sudeste (3,2%) e Norte (1,6%). A informação é resultado de trabalho do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), com base em dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em comparação a maio, o valor da cesta básica subiu em todas as capitais pesquisadas do Nordeste. Em Aracaju e Natal, observaram-se os maiores aumentos, de 9,4% e 4,4%, respectivamente. As menores variações ocorreram em João Pessoa (1,7%) e Fortaleza (3,2%). As cidades de Recife e Salvador apontaram crescimento na ordem de 3,8% e 2,7%. De acordo com a avaliação do Etene, o aumento na cesta básica deve-se principalmente ao crescimento de 60,7% no preço do feijão (peso de 12,7% na cesta mensal), de 8,7% no valor da manteiga (peso de 6,3%) e de 6,9% no custo do leite (peso de 6,1%). Atuaram de forma inversa as quedas de 14,3% no valor do tomate (peso de 10,3% na cesta mensal), 1,8% no custo da carne (peso de 27,3%) e 2,8% no preço da banana (peso de 11,0%). No acumulado dos últimos doze meses, a elevação da cesta básica Nordeste ficou no mesmo patamar que a da cesta média nacional, 16,1%. Os maiores aumentos foram verificados nas capitais de Aracaju (23,7%), Salvador (17,8%), Fortaleza (17,2%) e João Pessoa (16,6%). Natal e Recife tiveram os menores crescimentos, com 11,1%.

ATÉ METADE DOS ALIMENTOS PRODUZIDOS NO MUNDO ACABA NO LIXO, DIZ ONU – A lixeira é destino de 30% dos cereais, 20% das sementes, carnes e laticínios, 35% dos peixes e entre 40% e 50% de vegetais e frutas. Parte destes alimentos que iria para o lixo por serem “feios” acaba na mesa de pessoas de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade. Os dados são apresentados em um relatório de 2015 da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura). Nos Estados Unidos, distribuidores e consumidores desperdiçam cerca de 60 mil toneladas de alimentos, segundo dados do governo. Isso equivale a aproximadamente um terço do que é plantado no país. Alguns especialistas acreditam que quase metade do que é produzido nos EUA acaba no lixo. Já no Brasil, o desperdício de alimentos pode chegar a 40 mil toneladas por ano, de acordo com dados da Embrapa de 2014. Um dos motivos é que, quando estão fazendo compras em feiras e supermercados, os consumidores desprezam alimentos com pequenos machucados, que não são esteticamente perfeitos ou que estão próximos da data de vencimento.

BANCO DO NORDESTE CONTRATA R$ 5,4 BILHÕES COM RECURSOS DO FNE NO SEMESTRE – O Banco do Nordeste celebrou 64 anos na terça-feira, 19. A instituição também comemora que as contratações, por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), que atingiram o montante de R$ 5,4 bilhões no primeiro semestre de 2016, valor que representa crescimento de 7,3% em relação ao mesmo período de 2015. Além do volume de investimentos, também houve aumento no número de contratações. Ao todo, foram realizadas 270,9 mil operações de crédito, o que equivale a um acréscimo de 8,1%. Os recursos beneficiaram 99,7% dos municípios da área de atuação do Banco do Nordeste, totalizando 1.984 municípios na região Nordeste e norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Entre os estados que obtiveram maior incremento no volume de contratação, em comparação ao primeiro semestre de 2015, destacam-se Espírito Santo (87,6%), Pernambuco (46,4%), Maranhão (35,9%) e Rio Grande do Norte (27,9%) e Sergipe (22,1%).

FMI RECOMENDA QUE BRASIL AUMENTE IMPOSTOS PARA COMPLEMENTAR AJUSTE FISCAL – O Brasil deverá aumentar impostos para complementar o ajuste fiscal, recomendou o Fundo Monetário Internacional. Em documento divulgado quinta-feira, 21, o FMI informou que o pequeno espaço para o Banco Central reduzir os juros aumenta a necessidade de o país buscar o equilíbrio nas contas públicas, tanto por meio de corte de gastos quanto por meio de elevações de tributos. De acordo com o documento, a alta de impostos deverá complementar a proposta de limitar o crescimento dos gastos públicos, enviada ao Congresso Nacional no mês passado. O FMI também recomenda que o país continue com reformas estruturais que permitam ao governo reduzir despesas obrigatórias, como as da Previdência Social. “No Brasil, o espaço para políticas de estímulo monetário é limitado por pressões inflacionárias subjacentes, e a consolidação fiscal deve continuar para reduzir os grandes déficits [nas contas públicas]. O novo governo deve complementar o limite proposto para os gastos federais correntes com medidas tributárias [termo usado pelo FMI para se referir a altas de tributos] e enfrentar a rigidez de gastos e mandatos insustentáveis, inclusive no sistema de previdência”, destacou o FMI. Chamado de Nota de Vigilância do FMI para o G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do planeta), o documento traz recomendações para a reunião de ministros das Finanças do grupo. O encontro começa neste sábado, 23, na China e terá o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, como representante brasileiro.

DICA DE LIVRO

A Reforma Essencial II – Roberto Nogueira Ferreira
Editora Senac

“A expressão Reforma Tributária foi progressivamente se perdendo nas últimas duas décadas até cair em descrédito”. Assim, o autor Roberto Nogueira Ferreira inicia a apresentação de “Esqueçam a Reforma Tributária”, destilando ironias e críticas em relação ao que não se fez e ao que se fez nos últimos anos. Em 10 capítulos, começando pela reforma requerida pelo setor empresarial, passando por considerações sobre as propostas debatidas por governos, até chegar ao que considera a opção equivocada pelas desonerações, e o abandono – pelas lideranças políticas e empresarias – do necessário debate acerca da urgente necessidade de uma reforma ampla que modernize o sistema tributário brasileiro.