Estão abertas as inscrições para o Desafio Carvão Vegetal Sustentável, que vai selecionar projetos de inovação com soluções para otimizar os finos de carvão vegetal na cadeia de produção do aço da ArcelorMittal Brasil. A chamada faz parte do Edital de Inovação para a Indústria, iniciativa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial(SENAI), do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
A ideia é que as empresas desenvolvam soluções em, pelo menos, uma das frentes: atuação nas variáveis do processo para redução da geração de finos; aumento da confiabilidade na medição de finos; e uso dos finos para a criação de coprodutos de maior valor agregado. Os finos são um coproduto indesejado da produção do aço e que é originado da degradação do carvão vegetal ao longo do processo até o abastecimento dos alto-fornos.
Durante a produção, manuseio e o transporte do carvão vegetal, o produto sofre degradações físicas que acarretam a geração de partículas finas. Essas partículas, denominadas finos de carvão, representam perdas para o processo, pois atualmente não é possível utilizá-las nos alto-fornos e elas são revendidas como um resíduo de menor valor agregado A cada 100t de carvão vegetal produzido, são gerados cerca de 30t de finos, o que representa uma grande perda econômica com impactos sobre o meio ambiente.
SELEÇÃO – Um comitê de avaliação, composto por especialistas da ArcelorMittal Brasil e do SENAI, fará a seleção das ideias de até oito startups. Cada proposta receberá o valor máximo de R$ 250 mil e deverá ser desenvolvido em até seis meses.Os interessados podem se inscrever até 15 de outubro no site do desafio.Todas as informações sobre o Edital, critérios para participação e regulamento completo podem ser consultados no mesmo endereço.
O gerente-geral de Inovação e Desenvolvimento de Novos Negócios da ArcelorMittal Aços Longos, Rodrigo Carazolli, explica que o desafio visa contribuir para a perenidade do negócio e ganhos de sustentabilidade. “Os finos de carvão representam um desperdício não somente para a companhia, mas também para o meio ambiente, pois elevam o custo de produção do ferro-gusa, geram perda de competitividade, impactos ambientais, perda de performance e riscos operacionais nos alto-fornos”, diz.
O desafio proposto pela ArcelorMittal é uma das primeiras iniciativas a serem lançadas pelo Açolab, espaço de inovação criado pela companhia em julho. O espaço receberá startups, clientes, parceiros, representantes do meio acadêmico e profissionais da empresa envolvidos no desenvolvimento dos projetos. “É um passo importante na busca por estimular ideias inovadoras no setor do aço e em sua cadeia de valor. Não existe nenhuma experiência similar ao Açolab nos 60 países de atuação do Grupo ArcelorMittal”, completa Carazolli.
Fonte: Agência CNI de notícia