De acordo dados obtidos, por meio do relatório- Status Geral De Processamento RT-PCR para Covid- 19, avaliados em reunião do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e Coordenação Nacional de Laboratórios de Saúde (CGLAB), no Brasil, 1,7 milhões de testes de RT-PCR para Covid-19 foram processados até 26 de julho. Desses, Sergipe aparece com 63.783 testes processados e com uma taxa de 2,8%, o que coloca como o Estado que, proporcionalmente, mais testa na região Nordeste e o segundo no Brasil.
O RT-PCR é o exame considerado “padrão-ouro” ou “padrão de referência” que identifica o vírus e confirma a Covid-19 através de amostra da secreção respiratória, feita com uma espécie de cotonete no fundo do nariz. A coleta deve ser feita entre o terceiro e o sétimo dia após a pessoa apresentar sintomas.
O Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen), o órgão referencia no diagnostico da Covid-19 em Sergipe, já realizou mais de 60 mil análises de amostras para diagnóstico do coronavírus, com a técnica RT-PCR de biologia molecular, sendo que deste total, 14 mil amostras foram processadas pela Fiocruz. As 60 mil amostras foram recebidas pelo Lacen, processadas e liberadas pelo Lacen Sergipe, por meio do sistema on-line, denominado Gerenciador de Ambiente Laboratorial (Gal).
O superintende do Lacen, o farmacêutico bioquímico Cliomar Alves, acredita que a colocação de Sergipe é extremamente importante e significa que, com o programa que o Ministério da Saúde lançou, o Confirma Covid, abraçado pelo governo do Estado, um maior número de pessoas estão sendo testadas. “Com a ampliação das testagem, nós sabemos como está a dinâmica da infecção pelo vírus aqui em Sergipe. Isso sendo feito de maneira em tempo real, utilizando a melhor tecnologia que existe que é o padrão ouro, o RT-PCR em tempo real, no qual se identifica o vírus na amostra, que é feito por biologia molecular no Lacen, isso possibilita um melhor direcionamento das ações sanitárias”, destacou.
Desde que o Ministério da Saúde parou a distribuição dos kits de extração, o governo do Estado, automaticamente, comprou kits de extração automatizados, manual, além de kits de extração rápida. Estes últimos são utilizados, atualmente, por meio de reações enzimáticas para acelerar o processo de extração das amostras.
O processamento dos testes consiste no recebimento da amostra, na etapa de extração em que se retira o material genético, após isso, esse material genético é exposto da amostra do paciente, que são coletadas em todos os municípios, em hospitais públicos e particulares e enviados ao Lacen. Já na terceira etapa do processamento, acontece a amplificação, que consiste no PCR propriamente dito.
“O Estado não tem medido esforços, não só para comprar kits de extração, como também para aumentar nossa capacidade técnica. Nós já recebemos 34 novos profissionais, além todo apoio que obtivemos da SES e da Fundação Parreira Hortas, para que nossa logística aconteça de forma automática, dinâmica e célere. Então, isso tem sido muito importante para que nós tenhamos nossos resultados sendo liberados e processados com mais rapidez. Todas as nossas contingencias estão ativadas para que a gente tenha, o quanto antes, a ampliação desses resultados em todos os municípios”, completou Cliomar.
Fonte: ASN