Sergipano é animador em uma das maiores empresas de entretenimento do mundo


Ricardo Jost Resende é formado em Design Gráfico e trabalha como animador na Sony Pictures Imageworks, no Canadá.

 

 

Quem já assistiu a nova animação da Netflix, A Fera do Mar (2022), nem imagina que um sergipano participou da produção. Apaixonado por desenho e animação gráfica desde a infância, o egresso do curso de Design Gráfico da Universidade Tiradentes, Ricardo Jost Resende, transformou a paixão juvenil em profissão e alcançou proeminência da área. Ele já participou de produções da Warner Bros Entertainment e atualmente atua na Sony Pictures, no Canadá.

 

“A minha paixão de infância foi primordial para quando estivesse prestes a concluir o ensino médio, decidisse prestar vestibular para o curso de Design Gráfico na Universidade Tiradentes. Desde o primeiro dia eu me recordo de conversar com os professores nos corredores para perguntar se eles sugeriam algum software novo, que pudesse me deixar vislumbrado em estudá-lo. Foram anos brilhantes que contribuíram diretamente para que eu pudesse me envolver ainda mais nesse universo”, diz o designer.

 

Quando concluiu a graduação, Jost investiu em diversas especializações em computação gráfica e criação de filmes e séries. “A princípio, meu primeiro estágio nessa linha foi compondo a equipe envolvida em filmes e séries menores, produzidos em alguns países do continente europeu. A partir desse desenvolvimento profissional e relacionamento criado, em 2015 recebi um chamado para trabalhar na Sony, na região Norte do Canadá, a menos de 100 quilômetros de distância de Vancouver”, conta.

 

“Ainda antes de entrar na Sony, fiz alguns trabalhos para um grupo de profissionais convidados para completar filmes difíceis para serem concluídos. Eram produções cinematográficas que apresentavam impasses que travavam a conclusão do material. A gente assumia o processo e tínhamos como meta concluir em um determinado período. Foi uma experiência incrível que contribuiu bastante para que logo em seguida surgisse o convite para ir para a Sony mais tarde”, acrescenta Ricardo.

 

Para ele, o conhecimento em inglês foi essencial para seu progresso profissional. “A partir do momento em que a gente passa a dominar a língua inglesa, por exemplo, passamos a dominar e compreender cada elemento dos programas universais desenvolvidos justamente para a criação de animações em filmes, séries e novelas. Inglês é o idioma universal, mas falar outras, como o espanhol, também será muito bem-vindo”, afirma.

 

“Espero que minha vivência de acadêmico e profissional sirva como exemplo para os jovens que estão estudando, ou que pretendem estudar Design Gráfico, ou até mesmo Publicidade e Propaganda. Enquanto estudante eu não me aquietava apenas dentro das salas de aula. Eu sempre busquei impulsionar meus conhecimentos indo à biblioteca. Enquanto ia para o trabalho, universidade ou voltava para casa, sempre estava com um livro lendo sobre a minha área de atuação. O que posso destacar para cada jovem é: não se resumam ao que os professores passam em sala de aula; eles [os educadores] são essenciais no início, mas evoluir depende demais de cada um”, aconselha.

 

O animador gráfico já participou de produções da Warner Bros Entertainment e Netflix, inclusive o mais novo filme de aventura animado por computador, A Fera do Mar (2022), dirigido por Chris Williams. Conhecido por obras como Bolt (2008), Frozen (2013), Big Hero 6 (2014) e Moana (2016), Chris é um diretor, roteirista e animador da Walt Disney Animation Studios.