Ruptura volta a cair e chega ao menor patamar desde 2020

Entenda por que o cenário da falta de produtos apresentou melhora pelo segundo mês consecutivo

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Foto : aleksandarlittlewolf

Após uma sequência de alta desde setembro de 2020, o índice de ruptura nos supermercados brasileiros havia caído em fevereiro e voltou a apresentar redução no mês de março, fechando em 10,68%, quase 2 pontos percentuais a menos do que em janeiro (12,49%).

Os dados são da Neogrid , empresa que desenvolve soluções com inteligência artificial para aumentar as vendas e a rentabilidade das indústrias, varejos e distribuidores. A queda mais acentuada em março se deve a um melhor abastecimento dos estoques por parte do varejo, que se preparou para os lockdowns anunciados em várias cidades do país da mesma forma feita no início da pandemia, em 2020, analisa Robson Munhoz, CCSO da Neogrid. “O varejo se preparou, pois sabia que as pessoas iriam garantir a alimentação em casa uma vez que os restaurantes, bares e lanchonetes estariam fechados ou com restrições para entrega por delivery”, explica.

Outra razão apontadas para a redução no índice de falta de produtos é a melhora na cadeia de abastecimento de embalagens. Desde o ano passado, o vidro e o alumínio se tornaram matérias-primas escassas no mercado impactando em especial o setor de bebidas. A cerveja bateu recorde de ruptura em novembro do ano passado chegando a 19,90% e em março ela fechou em 12,77%. “A produção de embalagens começou a normalizar e com isso, o varejo começou a receber seus pedidos, inclusive os em atraso, e isso gerou essa sensível melhora no nivelamento dos estoques colaborando para a redução da ruptura”, explica Munhoz.

Fonte : SA Varejo
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