Melhorar a produtividade e a inovação de empresas é o foco de um projeto-piloto lançado na segunda-feira (18) pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), vinculada ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e quatro empresas: duas de Minas Gerais, uma de São Paulo e uma do Rio Grande do Sul. Os chamados Arranjos Produtivos Locais (APLs) vão destinar, este ano e em 2018, R$ 800 mil a projetos que devem beneficiar 88 empresas.
De acordo com a coordenadora da Área de Adensamento Produtivo da ABDI, Valdete Mendonça, o projeto das APLs visa estimular as empresas, sem necessariamente fazer investimentos diretos. “Os projetos selecionados recebem recursos para desenvolver ações que beneficiem um coletivo, nas áreas de consultoria, sistema de inteligência”, explicou. “O é intuito é apoiar as APLs para que elas deem suporte para as empresas superarem os gargalo”, acrescentou.
Projetos
Um dos projetos selecionados por meio de chamamento público é o da Associação de Profissionais e Empresas de Tecnologia da Informação de São José do Rio Preto (SP), que tem como objetivo a capacitação de empresas, em termos de tecnologia, método e ferramentas, para automação de testes. Segundo o diretor-presidente da associação, Jean Daher, a expectativa é reduzir, em média, pelo menos 30% de retrabalho nas empresas participantes.
“O recurso que pleiteamos foi para um projeto de automação de teste, porque hoje 70%das empresas de tecnologia da informação são empresas de software e foi identificado um grande gargalo na automação de testes. Temos muito trabalho e retrabalho, falta de produtividade e também a perda de qualidade dos produtos”.
Segundo Daher, com a automação, os testes dos programas deixarão de ser feitos pelas equipes das empresas ou pelos consumidores e passarão a ser feitos automaticamente, conforme padrões internacionais. “Com a automação teremos testes padrões que vão economizar tempo e evitar trabalho desnecessário”, explicou.
Já no Arranjo Produtivo do Vale do Aço, outra iniciativa selecionada, a intenção é ampliar a utilização da engenharia para possibilitar às empresas do setor metalmecânico do Vale do Aço mineiro a buscar novos mercados e excelência.
“Nosso projeto é focado no desenvolvimento das indústrias do setor metalmecânico para superar barreiras com vistas a atingir novos mercados ou condições de oferecer produtos com maior valor agregado, com tecnologia”, disse o diretor-presidente da entidade, Marlon Duarte. Segundo ele, os recursos possibilitarão a construção de um centro de engenharia de excelência para ajudar as empresas associadas no aprimoramento de suas competências tecnológicas.
Conforme o edital, os projetos têm duração de 12 a 24 meses, sendo que metade da verba será colocada à disposição ainda este ano e o restante, em 2018.
Agência Brasil