Sancionada na semana passada pelo Presidente Michel Temer, a nova que Lei que reforma o ensino médio representa um avanço no acesso à educação profissional. Essa é a visão do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Sergipe (Senai/SE).
Para o Diretor Regional do Senai/SE, Paulo Bergamini, “a reforma do ensino médio adequa o Brasil as práticas internacionais que torna o ensino médio flexível e mais diversificado. Nos países desenvolvidos, mais da metade dos jovens fazem educação profissional no âmbito da sua formação do ensino médio. Desse modo, a mudança é um caminho importante para que os jovens tenham mais oportunidades no mercado de trabalho”.
Em países da União Europeia, em média, 50% dos estudantes do ensino secundário também estão matriculados na educação profissional, segundo estudo do Centro Europeu para o Desenvolvimento da Educação Profissional. Na Áustria, por exemplo, que registra o índice mais alto, 76,8% dos estudantes do secundário fazem ensino técnico. Finlândia vem em seguida com 69,7% e Alemanha com 51,5%. O Brasil, mesmo depois do esforço de ampliação de acesso à educação profissional nos últimos anos alcançou, em 11,1% nesse índice em 2015.
No entanto, com a nova legislação, os estudantes brasileiros serão expostos ao conteúdo da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em até 60% do ensino médio e nos 40% restantes poderão optar por itinerários formativos, com ênfase nas áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica profissional.
Após a sanção, o próximo passo para implantação da reforma será a análise e aprovação do BNCC no Conselho Nacional de Educação, colegiado do qual o Senai tem assento. Após a publicação da Base, os sistemas educacionais apresentarão um cronograma de implementação das mudanças. A carga horária do ensino médio também vai subir gradualmente, no prazo de cinco anos, de 800 horas para 1,4 mil horas anuais.
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