O Instituo Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgou as últimas informações da pesquisa de Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) do ano de 2019. De acordo com os dados, o número de empresas e outras organizações formais no país atingiu 5,2 milhões naquele ano.
Após três anos de queda, o Brasil registrou crescimento de 6,1% no número de empresas em 2019 em relação ao ano anterior. Entre as empresas com pelo menos uma pessoa ocupada, a alta foi de 3,4% (161,8 mil unidades a mais).
O pessoal assalariado cresceu 1,7% (758,6 mil pessoas) e o número de sócios e proprietários aumentou 3,6% (244,1 mil pessoas). O total de salários e outras remunerações caiu 0,7%, em termos reais, mas o salário médio mensal caiu ainda mais: 3,5%. De 2018 para 2019, as Atividades administrativas e serviços complementares criaram 188 mil postos de trabalho, enquanto o setor de Educação perdeu quase 40 mil.
Pela 1ª vez, o CEMPRE traz informações sobre empresas que participam do comércio exterior. Em 2019, as empresas exportadoras representaram 0,4% das organizações ativas, ou 22.849 empresas, que ocuparam 5 milhões de assalariados (10,8% do total de assalariados). Já as importações foram realizadas por 38.672 organizações (0,7% do total) com 8,3 milhões de assalariados (17,8% do total). Nas organizações exportadoras, a remuneração era 41% acima da média nacional e nas importadoras, 47%. Quase todas as exportadoras eram da Indústria (62,5%) e do Comércio (30,1%).
Em 2019, o Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) continha 5,2 milhões de empresas e outras organizações formais ativas, que ocuparam 53,2 milhões de pessoas, sendo 46,2 milhões (86,8%) assalariados e 7,0 milhões (13,2%) na condição de sócio ou proprietário. Frente a 2018, houve aumento de 6,1% do total de empresas e outras organizações ativas, representando 301,4 mil unidades. No entanto, parte do aumento no número de empresas de 2018 para 2019 foi impactado pela alteração na principal fonte de informações do CEMPRE, a RAIS que, em 2019, passou a incorporar também informações do eSocial. Tal fonte, diferentemente da RAIS, não permite saber se o estabelecimento autodeclarou ter exercido sua atividade principal no ano de referência.
Verificou-se, por exemplo, alta de 35,8% no número de organizações sem nenhum trabalhador ou sócio-proprietário, em 2019. Entre essas entidades é mais difícil identificar se a organização é ou não ativa. Por outro lado, entre as empresas com pelo menos uma pessoa ocupada, a alta foi de 3,4% (ou 161,8 mil unidades a mais). Nas empresas com 1 a 9 assalariados, o crescimento foi de 3,9% e nas demais faixas, variou de 1,1% a 1,9%.
As comparações dos dados de 2019 com anos anteriores da série histórica do CEMPRE devem levar em conta possíveis impactos da mudança da RAIS para o eSocial, e suas implicações na identificação das unidades ativas, conforme descrito na nota técnica 01/2021.
Nos setores analisados pelo CEMPRE, as Atividades profissionais, científicas e técnicas foram as que mais cresceram dentre as organizações que têm entre 0 e 9 pessoas ocupadas (1,4%). Já entre aquelas com 250 ou mais ocupados, o destaque foi o Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (0,4%).
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