Ministra da Agricultura quer ampliar recursos do seguro rural para R$ 1 bi


Melhorar o programa de subvenção ao seguro rural será “fundamental para dar mais segurança aos produtores rurais brasileiros”, enfatizou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, no Seminário Internacional do Seguro Rural, realizado em Brasília, na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

A ministra reforçou, ainda, a intenção de ampliar para R$ 1 bilhão os recursos para subvenção ao prêmio do seguro rural na próxima safra, referente ao ciclo 2019/2020, o que dependerá de conversas entre sua pasta e o Ministério da Economia. De acordo com nota do Ministério da Agricultura, a ministra lembrou que os produtores correm muitos riscos de perda de safra por causa de problemas climáticos. Assim, a ampliação dos recursos ajudaria a reduzir riscos embutidos nos financiamentos agrícolas e, com isso, reduzir também as taxas de juros do crédito rural.

Seguro rural

Também presente no seminário, o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, defendeu que o seguro rural “é uma das principais ferramentas para estimular a transição para uma nova política agrícola do País”, conforme nota da CNA. Ele disse, ainda, que a participação do Estado é fundamental para o desenvolvimento do mercado de seguro agrícola. “Em quase todos os países que possuem seguro rural avançado, existe significativa participação do Estado no fomento desse instrumento de gestão”, justificou.

Estados Unidos vs Brasil

O presidente da CNA citou, ainda, que nos Estados Unidos mais de 90% das lavouras são cobertas por seguro rural, enquanto no Brasil apenas 12% da área agrícola possui esta ferramenta. E que, em 2018, apenas 42 mil produtores foram protegidos pelo programa de subvenção, dentro de um universo de 5 milhões de propriedades.

Indenizações

Ele comentou também que desde a sua criação, em 2006, o Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural (PSR) já pagou R$ 3,6 bilhões em indenizações. “Certamente o seguro rural evitou o endividamento e o abandono da atividade de muitos produtores. Essa é a importância de termos um mercado fortalecido. A atividade agropecuária segurada garante renda ao produtor, fomenta a atividade econômica dos municípios e promove o crescimento econômico para as sociedades locais”, reforçou.

No mesmo evento, o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, avaliou que uma política de seguro rural bem definida dará segurança ao produtor e será “a coluna vertebral para uma política de financiamento da agropecuária”. Já o presidente da Sociedade Nacional da Agricultura (SNA), Antônio Alvarenga, defendeu a busca por alternativas no mercado brasileiro que possam baratear o seguro.

 

Fonte: Globo rural