Uma plataforma que cataloga demandas de mercado por profissionais em cada região é a mais nova solução apresentada pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, e pelo secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Tomás Dias Sant’ana.
A inovação visa informar estudantes que almejam ocupar uma vaga no mercado técnico e buscam profissões com alta oferta de vagas. Segundo informou Milton Ribeiro, o Brasil conta com mais de 600 mil vagas de trabalho de nível técnico ociosas – número que tende a diminuir com o uso de bancos de dados inteligentes que informam quais ocupações possuem mais ofertas e quais estão com alta competitividade.
“O mercado está comprador para pessoas que tenham um nível técnico de qualidade. Hoje, temos 600 mil vagas de mão de obra técnica como demanda, e não podemos atender. Eu creio que essa é a grande resposta que o Brasil precisa para as próximas décadas”, informou o ministro durante entrevista ao programa A Voz do Brasil.
Chamada de Monitor de Profissões, a plataforma estará disponível no site do Ministério da Educação e será de uso livre e irrestrito por estudantes de todas as regiões do Brasil, informou o secretário Tomás Dias Sant’ana. A solução funcionará em conjunto com outra novidade do ministério, o Mapa de Demandas. Juntos, eles identificarão profissões que estão com alta oferta de vagas e como acessar as oportunidades.
Milton Ribeiro anunciou, ainda, que outra das inovações da Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica, a plataforma de ensino à distância (EAD) do ministério, chamada Aprenda Mais, já conta com 60 cursos técnicos e profissionalizantes e tem como meta ter 160 mil matrículas até 2022.
“Existem pessoas hoje, no mercado, que são eletricistas fenomenais. Mas não possuem conhecimento técnico formal. Esses especialistas, que sabem empiricamente fazer as coisas, podem perder oportunidades de emprego por não terem comprovação. Agora, nós damos as condições deles terem um conhecimento formal do que fazem”, explicou Milton Ribeiro.
Segundo o ministro, o investimento de R$ 140 milhões em soluções de ensino técnico e profissionalizante não impede ou desestimula o ensino superior, mas complementa as demandas do mercado interno por profissionais que possam atuar em todos os níveis produtivos e que possam suprir demandas de trabalho com baixo nível de ocupação.
“A expectativa é uma melhor adequação à sociedade, um melhor posicionamento em um emprego futuro. O ensino técnico não briga com o ensino superior. Pelo contrário, Ele estimula, dá uma base, uma condição”, concluiu.
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