Menos de 5% dos brasileiros mantêm lealdade a varejistas, marcas e produtos


Fonte: SA Varejo

O consumidor brasileiro é infiel. Talvez mais do que se imaginava até aqui. Estudo da Nielsen revela que menos de 5% podem ser considerados “super leais” a redes varejistas, marcas e produtos em suas compras.

Quem sofre o maior impacto dessa infidelidade são as marcas líderes. Considerando o total das cestas de bens de consumo medidas pela Nielsen, nada menos do que 68,3% das marcas líderes perderam penetração. O segmento mais impactado foi o de produtos de Higiene & Beleza (85%), no entanto em Alimentos (75%) e Limpeza (71,4%), as principais marcas também perderam penetração acima da média geral.

“Com uma rotina mais rápida e dinâmica, está muito mais fácil mudar e mais difícil se comprometer com marcas de produtos de consumo ou formatos varejistas”, analisa Cristina Alvarenga, líder da Indústria de Alimentos da Nielsen Brasil. Segundo ela, o principal fator a contribuir para isso é um ambiente de consumo que incentiva a troca ou a experimentação. Captar a atenção do consumidor se tornou um desafio, conforme explica a especialista, uma vez que há mais opções de produtos, novos formatos de lojas, canais e formas de compra, lançamentos de novos itens, além de maior mix entre os canais.

Avanço na quantidade de lojas

Um dos números capazes de exemplificar a maior complexidade do cenário atual é o crescimento de 15% no número de lojas entre 2011 e 2019, enquanto a população brasileira aumentou somente 7% no mesmo período. Com mais opções de onde comprar, o shopper visita atualmente uma média de 8 pontos de vendas, três a mais do que em 2013. E ao entrar nesses PDVs, encontra um sortimento 5% superior ao disponível apenas um ano atrás. Nessa nova realidade, será inútil recorrer a velhas soluções.

Veja o que o varejo pode fazer:

– Conversar mais com a indústria para que os dois lados falem a mesma língua e trabalhem em conjunto

– Definir promoções assertivas e bem executadas para reforçar a conexão com o consumidor

– Desenvolver programas de fidelidade e descontos com mais eficiência, pois 50% do público se revela insatisfeito

– Utilizar o e-commerce como impulsionador: 8 em cada 10 participantes da pesquisa comprariam mais em lojas online se o programa de benefícios fosse atrativo.

 

Fonte: SA Varejo