O Brasil alcançou a melhor colocação dos últimos quatro anos no ranking mundial de inovação. O país ficou em 64º lugar, subindo cinco posições em relação ao último ano, colocado em 69º. Já nos produtos da inovação, o Brasil foi para o 70º lugar. A pesquisa é elaborado pela Universidade de Cornell, pela escola de negócios Insead e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), o índice avaliou a economia de 126 países.
Classificado na categoria das nações de renda média-alta e ocupando a 15ª posição neste grupo, o país ficou na 6ª colocação dentro da região latino-americana. Mesmo com o resultado satisfatório, o Brasil, que é a maior potência econômica da América Latina e Caribe, ficou atrás dos vizinhos Chile (47ª posição), Costa Rica (54ª) e México (56ª) na lista.
A liderança do ranking ficou com a Suíça. O país foi seguido por Países Baixos, Suécia, Reino Unido, Cingapura, Estados Unidos, Finlândia, Dinamarca, Alemanha e Irlanda. Entre os países de renda média-alta, o destaque foi da China, seguida por Malásia, Bulgária, Croácia e Tailândia.
Insumos e Condições institucionais
O Brasil subiu no ranking quando considerados os chamados insumos de inovação, ficando na 58ª posição. Neste indicador, são levados em consideração itens como instituições, capital humano, pesquisa, infraestrutura e sofisticação de mercado e negócio. No ano anterior, havia ficado em 60º lugar.
Os melhores índices registrados no país foram nos quesitos de gastos em educação (23º colocado) , investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (27º), dispêndio de empresas em P&D (22º) e qualidade das universidades (27º). Os autores também destacaram a capacidade de absorção de conhecimento (31º), pagamentos em propriedade intelectual (10º), importações de alta tecnologia (23º) e escala de mercado (8º).
Já os pontos fracos foram apontados pelo relatório nas instituições (82º), ambiente de negócios (110º), facilidade de abertura de negócios (123º), graduados em engenharias e ciências (79º), crédito (104º) e a formação de capital bruto (104º).
Produtos e inovação
Já nos produtos da inovação, o Brasil foi para o 70º lugar. Nessa categoria são considerados produtos científicos e tecnológicos e indicadores relacionados a eles, como patentes e publicações em revistas e periódicos acadêmicos. O índice subiu em relação ao ano anterior, quando ficou na 80ª colocação.
No índice de eficiência de inovação, o Brasil pulou para a 85ª posição. Esse indicador mede o quanto um país consegue produzir tecnologia frente aos insumos, condições institucionais e estrutura de capital humano e pesquisa. Neste quesito foi registrada a maior diferente na comparação com 2017, quando a posição conquistada foi a de número 100.
Investimento em Tecnologia
Neste indicador, são levados em consideração itens como instituições, capital humano, pesquisa, infraestrutura e sofisticação de mercado e negócio. Os gastos recentes com pesquisas e desenvolvimento, além de importações e exportações de alta tecnologia, estão entre os fatores que implicaram diretamente no melhor posicionamento do Brasil no ranking.
A inserção do país na chamada 4ª revolução industrial está intrinsecamente ligada ao cenário econômico atual, como explica o especialista em Automação Industrial, Marcelo Miranda. “Estamos passando por uma transição industrial. Impressão 3D, inteligência artificial e outras ferramentas estão, aos poucos, tomando conta da indústria brasileira”, analisa o empresário que tem mais de 30 anos de experiência no mercado.
Uma estimativa realizada pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), apontou que a partir da migração da indústria para o conceito 4.0, o Brasil reduziria no mínimo R$ 73 bilhões por ano nos custos industriais. Miranda explica que essa redução está diretamente ligada aos benefícios que a Industria 4.0 oferece. Segundo ele, “há ganhos ligados ao consumo de energia, na eficiência produtiva e ainda na diminuição de impactos ambientais”.
Sobre o ranking
A liderança do ranking ficou com a Suíça. O país foi seguido por Países Baixos, Suécia, Reino Unido, Cingapura, Estados Unidos, Finlândia, Dinamarca, Alemanha e Irlanda. Entre os países de renda média-alta, o destaque foi da China, seguida por Malásia, Bulgária, Croácia e Tailândia. Entre os de renda média-baixa, os mais bem posicionados foram Ucrânia, Vietnã e Moldávia. Já nos países de renda baixa, alcançaram melhor desempenho Tanzânia, Ruanda e Senegal.
Fonte: Agência Brasil/Business Leaders