Indicadores industriais apontam desaceleração no segundo semestre de 2021


Indústria 4.0

Durante 2021, as indústrias brasileiras buscaram formas para enfrentar a crise e, por fim, em dezembro conseguiram fechar o ano com aumento de empregos e faturamento. Os dados são apresentados na pesquisa Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). No entanto, essa alta só é positiva quando comparada ao ano anterior (2020), que apresentou um desempenho excessivamente fraco.

O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, explica que “na comparação anual, os dados mostram crescimento, mas há de se lembrar que 2020 foi um ano crítico, com paralisação das atividades industriais por conta da pandemia. A pesquisa também mostra que dezembro confirma um segundo semestre com dificuldades para as indústrias”.

No segundo semestre de 2021, houve desaceleração do emprego e tendência de queda do faturamento e da utilização da capacidade instalada.

Entre os pontos que contribuíram para essa queda estão a persistência da crise de Covid-19 e a desordem das cadeias de suprimentos, que ainda contribuem para que a recuperação não se complete e mantenha o contexto de incerteza e altos custos na indústria de transformação.

Horas trabalhadas na produção superam patamar do início do ano

As horas trabalhadas na produção cresceram 3,3% em dezembro em 2021, encerrando o ano com avanço no acumulado de 9,4% em relação a 2020.

O volume de horas trabalhadas caiu ao longo do primeiro semestre, mas voltou a registrar altas consistentes nos últimos três meses do ano. Dessa forma, a comparação entre dezembro de 2021 e o mesmo mês de 2020 indica alta de 1,4%.

Emprego estabiliza em patamar elevado no segundo semestre

O emprego industrial ficou estável em dezembro. Entre janeiro e junho, o índice de emprego avançou 3,2%, enquanto entre julho e dezembro, o avanço foi de apenas 0,5%. Na comparação de dezembro de 2021 com o mesmo mês de 2020, o crescimento foi de 3,6%.

Apesar da estabilidade dos últimos meses, o emprego se encontra 3,7% acima do praticado antes da crise sanitária, em fevereiro de 2020, considerando a série livre de efeitos sazonais.

Fonte: Agência de Notícias da Indústria.