O registro fiel da trajetória de um dos maiores nomes das artes plásticas contemporânea em Sergipe. Assim é o livro biográfico ‘José Fernandes’, escrito pelo médico/poeta Marcelo Ribeiro, e que será lançado nesta quinta-feira, dia 16, no Museu da Gente Sergipana a partir das 17 horas. Além do livro, será lançado também o documentário em vídeo “Zé, um sergipano do Brasil”, dirigido por Paulo Lobo e Álvaro Bomfiglio. O museu fica na avenida Ivo do Prado, 398, centro de Aracaju. Haverá ainda show com Edgar do Acordeon e performance de César Leite com sua boneca Genoveva.
Dividido em capítulos, o livro de Marcelo Ribeiro conta em detalhes histórias do “boêmio operário” que em muitos momentos levantou a bandeira da arte em Sergipe e defendeu com garra a produção local, muitas vezes desvalorizada pela comunidade e principalmente pelo poder público. O livro tem ainda vários depoimentos de amigos do pintor, assim como galeria de fotos e uma cronologia das exposições e prêmios conquistados por José Fernandes desde 1976.
A biografia publicada pela Edise/Segrase retrata um artista maiúsculo, com histórias pitorescas, muitas amizades, um ser humano solidário, mas muito valente. José Fernandes, em geral, briga pela categoria de artistas sergipanos como se fosse um pai de família defendendo o pão de cada dia na mesa de seus filhos. “O homem deve ter uma definição do que quer, principalmente o artista, que deve ter uma sensibilidade maior para as coisas, os fatos, e por isso sente mais de perto as falsetas, as embromações e maquinações surgidas”, diz o pintor.
Dono de traços arredondados e cores vibrantes, José Fernandes utiliza figuras femininas, pombas, bodes, peixes, galos, flores, assim como feiras e paisagens de manguezais, para compor a sua arte. Muitas de suas telas estão penduradas em paredes de várias partes do mundo, e a cada exposição sua obra é adquirida e elogiada por pessoas de diferentes segmentos da sociedade em Sergipe e no Brasil. E tudo isso está relatado no livro de Marcelo Ribeiro a ser lançado nesta quinta-feira,16.
Sobre o documentário “Zé, um sergipano do Brasil”, um dos idealizadores e produtores, o músico e publicitário Paulo Lobo, disse que a intenção era retratar um José Fernandes completamente natural. “Foi um trabalho até certo ponto despretensioso. A intenção era deixar ele contar a sua própria história, deixando as coisas acontecerem. A gente queria que ele lembrasse de fatos que marcaram sua vida. O filme é um bate-papo com Zé, no qual ele conta a história dele. E não deixa de ser uma homenagem a um amigo”, adianta Paulo Lobo.
Por Gilson Sousa – Jornalista