Ainda repercute a greve dos caminhoneiros na indústria e no Comércio. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relatam que no final de maio o impacto foi negativo no desempenho do comércio varejista nacional. O volume de vendas teve uma queda de 0,6% de abril para maio. Setores como o de combustíveis e lubrificantes, com queda de 6,1%, sentiram bastante a paralisação.
“A queda de circulação do transporte de carga nas rodovias por conta da greve dos caminhoneiros trouxe impacto para as vendas no mês de maio, com impactos negativos para o varejo e o varejo ampliado. Esse evento da redução do abastecimento que aconteceu em maio atingiu todas as atividades. O segmento dos combustíveis, naturalmente uma atividade que tem relação com a própria questão da greve, mostrou uma queda forte”, explicou a pesquisadora do IBGE Isabella Nunes.
Outro setor que sentiu a greve foi o de móveis e eletrodomésticos, que teve uma queda de 2,7% no período. “Isso mostra o impacto da perda de estoque para as vendas, mas também uma perda em atraso das entregas e variação do frete, que acabam impactando nesse segmento”, disse Isabella.
O único setor com desempenho positivo de abril para maio foi o de supermercados e alimentos, com alta de 0,6%, o que evitou uma queda ainda maior do comércio varejista brasileiro como um todo.