A inflação tem impactado o volume de vendas das grandes empresas varejistas do país. Recentemente, duas delas se pronunciaram sobre o assunto. O GPA e o Carrefour destacaram em seus relatórios, referentes ao terceiro trimestre de 2021, a evolução dos preços e, consequentemente, a perda do poder de compra do consumidor.
Uma das estratégias adotadas pelo GPA para diminuir o impacto nas vendas foi a retomada das promoções e o reposicionamento de preço regular. A empresa alega que esse esforço acabou por reduzir a margem de lucro no terceiro trimestre.
Segundo a empresa, “para mitigar os efeitos da forte inflação alimentar, o alto nível de desemprego e a maior concorrência com cash and carry [o atacarejo]”. O relatório também cita que foi feito “um maior investimento em preço na operação brasileira” por causa da deterioração do cenário macroeconômico com alto nível de inflação e desemprego.
Já o Carrefour mencionou “um ambiente extremamente volátil e com deterioração do poder de compra dos consumidores”. O texto cita que a inflação alimentar dos últimos 12 meses “continuou persistentemente elevada, em 14,7% em setembro, de acordo com dados do IBGE”. “A elevada inflação alimentar que o mercado vem enfrentando desde o ano passado continuou no terceiro trimestre de 2021”, afirmou.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), as vendas de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo caíram 1,5% em volume no mês de setembro de 2021. Mas, tiveram uma variação de 0,1% em receita. Isto significa que os consumidores gastaram o mesmo montante de recursos, mas só foi possível garantir uma quantidade menor de produtos, já que as mercadorias subiram de preço.
Leia também: Avança Sergipe completa um ano com investimentos no estado que já ultrapassam R$ 2,3 bi