Empresários da indústria continuam otimistas, é o que revela pesquisa da CNI


Vencido o primeiro semestre do ano, ganham destaque as dificuldades já vivenciadas pelo empresariado, agora transformadas em preocupação, diante da falta de uma perspectiva concreta de retomada da atividade econômica. Sob esse prisma a pouca demanda é o que mais tem tirado o sono dos empresários, pelo menos é o que indica a Sondagem Industrial mais recente.

Segundo a pesquisa mensalmente divulgada pela FIES/CNI, a expectativa geral continua positiva. Permanece, por parte do empresário, o otimismo de quem aguarda decisões capazes de reverter o quadro geral da economia como, por exemplo, a aprovação efetiva da Reforma da Previdência, tida por muitos como o ente transformador por excelência, e outras medidas que impulsionem a economia.

São pontos que marcam a preocupação empresarial as condições debilitadas de empresas, a insatisfação com a margem de lucro num ambiente de baixa demanda e o excesso de estoques que se acumula desde o início do ano, induzindo à baixa atividade industrial, hoje mais forte que a observada nos últimos quatro anos. De par com esses problemas, a pesquisa aponta ainda a elevada carga tributária, o alto custo da matéria prima, a inadimplência dos clientes, juros elevados e burocracia excessiva.

Para Eduardo Prado de Oliveira, presidente da FIES, o “otimismo empresarial, diante de um quadro ainda titubeante como o que estamos vivenciando, inclusive com a intenção de investir, como registra a pesquisa, demonstra a importância das decisões e ações da classe política como um todo, para produzir um ambiente mais favorável, coisa que o Governo Federal, por si só, não poderá fazê-lo”.

 

 

Fonte:  Fies/ Unicom