O empresário da Fasouto, Juliano Cesar Souto, e atual vice-presidente da ABAD- Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de produtos industrializados-, faz uma avaliação sobre a situação que o mundo, o país e Sergipe vive diante da pandemia do Novo Coronavírus.
Para ele, a situação é preocupante diante do inimigo desconhecido, mas que diante da orientação de muitos setores, a organização e as medidas necessárias podem dar um conforto diante da crise.
“Acredito que estamos diante do desconhecido, e todo desconhecido causa esta situação. Há dez anos atrás vivemos o surto das gripes suína (H1N1), mas ela não teve este avanço que o coronavírus acabou trazendo para o ocidente. Agora temos um grande surto e a ficha caiu para o mundo todo. Quando o epicentro da epidemia chega à Europa e se espalha pelo mundo todo. O Brasil está tomando as medidas cabíveis, o Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor de Produtos Industrializados do Estado de Sergipe (Sincadise) e a Associação Sergipana de Supermercados (Ases), estão realmente fazendo todo este trabalho de conclamar a nossa categoria de atacadistas e distribuidores e varejistas de alimentos, para mostrar a importância do nosso setor neste momento”, ressaltou Juliano Cesar.
Para o empresário diante desta situação, os governos precisam estar atentos aos diversos desafios que a Covid-19 está impondo aos gestores públicos. Isso porque para ele, “existem as pessoas, existem a saúde das pessoas, os serviços essenciais que têm que dar a sua parcela de colaboração mesmo colocando a sua proteção pessoal em risco, que são os médicos, os enfermeiros, os trabalhadores os setores essenciais que precisam se manter na ativa, mas existe um ponto que está faltando no elo destas corrente, ou seja , o que é o que será feito com os empregos e com as empresas”, advertiu.
Sobre as medidas e decretos de calamidade pública impostos pelos gestores, o empresário afirma que, “de fato existe uma pandemia, esta pandemia requer medidas duras, mas elas têm que olhar o conjunto da sociedade como um todo. Neste momento a gente também tem que levar uma mensagem para os nossos líderes do governo federal, estadual e municipal. Existe neste processo os empregos, as empresas e é preciso ter um olhar para isso. As medidas ainda são muito desencontradas. Existe toda uma apreensão, tanto dos empregados quanto das empresas de qual vai ser o nosso futuro. O que faz valer aquela máxima que hoje está muito em vigor, ‘ninguém quer falecer e nem falir’ ” .
Sem deixar de lado a importância de resguardar a saúde pública como um todo, Juliano Cesar apoia a iniciativa de cuidados, mas questiona o que será feito em época de pós-pandemia.
“Claro que o primeiro olhar do governo neste momento, e eu concordo com ele, é para a saúde. Ou seja, tentar todos os meios para frear uma curva muito abrupta de aumento de casos. Mas, agora há a necessidade de que todas as esferas de governo olhem para os empregos e para as empresas. O ecossistema é composto também por isso. Ah! Eu tô com saúde, perfeito, mas eu não recebo salário no final do mês, porque o meu patrão fechou o estabelecimento e não tem como me pagar. E como ficará esta questão?”