Em um dia de otimismo no mercado financeiro, a moeda norte-americana voltou a fechar abaixo de R$ 3,30. O dólar comercial encerrou a terça-feira (12) vendido a R$ 3,298, com queda de R$ 0,012 (-0,36%). A cotação aproxima-se dos níveis de sexta-feira (8), quando tinha fechado a R$ 3,295.
A moeda operou em queda durante toda a sessão. Até o início da tarde, no entanto, o dólar chegou a cair R$ 0,03, cerca de 1%. Na mínima do dia, por volta das 10h20, chegou a ser vendido a R$ 3,268. A divisa registra alta de 2,6% em julho, mas acumula queda de 16,5% no ano.
As intervenções do Banco Central (BC) amenizaram, mas não conseguiram reverter a queda do dólar. A autoridade monetária vendeu US$ 500 milhões em contratos de swap cambial, que equivalem à compra de dólares no mercado futuro. Neste mês, o BC não interveio no câmbio em apenas um dia.
O dia também foi de ganhos no mercado de ações. O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, subiu 0,55%, para 54.256 pontos. Pela primeira vez desde 28 de abril, o indicador encerrou acima de 54 mil pontos.
Como nas últimas sessões, o desempenho da Petrobras e da mineradora Vale puxaram o Ibovespa. As ações da Petrobras subiram 3,1% (papéis ordinários, com direito a voto em assembleia de acionistas) e 2,8% (papéis preferenciais, com preferência na distribuição de dividendos). As ações da Vale saltaram 4,92% (papéis ordinários) e 3,48% (papéis preferenciais).
O mercado financeiro foi influenciado pelo otimismo externo. A maior parte das bolsas da Europa fechou em alta após a confirmação de que a conservadora Theresa May será a nova primeira-ministra do Reino Unido. Na Ásia, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, anunciou que pretende conceder um pacote de estímulos para a terceira maior economia do planeta.
Nos Estados Unidos, o dia também foi de euforia. Os índices S&P 500 e Dow Jones, da Bolsa de Nova York, fecharam em recordes históricos.