Um mercado de trabalho até pouco tempo atrás dominado por homens, tem deixado de ser exclusividade apenas deles. É cada vez mais comum encontrar mulheres no setor da construção civil, trabalhando em diferentes funções nos canteiros de obras, como engenheiras, técnicas em segurança do trabalho, mostrando assim, que não existe sexo frágil, muito pelo contrário. Dados do Ministério do Trabalho e Relação Anual de Informações Sociais (Rais) mostram que entre os anos 2002 e 2012 a participação feminina na área da construção civil aumentou 65%. Nesse período, o crescimento anual médio foi de 20% de participação de mulheres.
O curso de Manutenção de Auxiliar Predial do SENAI Sergipe é um exemplo. É possível encontrar muitas jovens se destacando e buscando por meio do curso, se profissionalizar na área e conseguir uma vaga no mercado de trabalho. “O curso foi uma oportunidade que apareceu na minha vida e não pensei duas vezes em agarrar. Não era uma área que eu pensava em fazer, mas com tempo eu acabei gostando. É um curso bom e é uma boa área”, destaca Carla Andressa, 19 anos, aluna do SENAI.
Já sobre o preconceito dos homens com relação ao crescimento das mulheres no setor, Carla opina que ainda existe sim, mas que as mulheres estão conseguindo quebrar esse tabu e colocando a mão na massa.
E mesmo com a retração do mercado, construtoras, empreiteiras e empresas do setor continuam interessadas em expandir a mão de obra feminina nos canteiros de obra pelo diferencial que as mulheres incorporam ao trabalho. Mas qual seria esse diferencial? O instrutor do SENAI Wadson Couto explica.
“As mulheres têm se destacado justamente pelo melhor acabamento e por uma melhor dedicação ao trabalho. Hoje em dia, elas trabalham tanto com instalação hidráulica, elevação de alvenaria, reboco, chapisco, rejunte, entre outros. Elas são mais detalhistas. Automaticamente você tem um consumo de material a menos, pelo cuidado delas com o trabalho e isso faz com que elas ganhem cada vez mais o mercado”.
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