Confiança do comércio volta a subir após quatro quedas consecutivas


O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) subiu 1,1 ponto em agosto, passando de 88,8 para 89,9 pontos. É a primeira alta do indicador após a sequência de quatro quedas.

A alta reflete expansão em 10 dos 13 segmentos pesquisados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pelo indicador divulgado hoje (24).

O Índice de Expectativas (IE-COM), que subiu 2,8 pontos, passando 94,6 pontos, foi influenciado tanto pela melhora do indicador de vendas, que avançou 2,3 pontos, chegando a 93,4 pontos, quanto pelo indicador de tendência dos negócios para os próximos seis meses, que subiu 3,2 pontos, passando para 96 pontos.

Já o Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou 0,8 ponto, ficando com 85,7 pontos, o menor nível desde dezembro de 2017, quando registrou 85,6 pontos. Entre seus componentes, o indicador de percepção dos empresários recuou 0,4 ponto, passando para 85,9 pontos. O indicador de situação atual dos negócios caiu 1,2 ponto, atingindo 85,9 pontos.

“A reação da confiança do Comércio em agosto ainda é tímida diante dos resultados negativos recentes: as empresas continuam avaliando a situação atual de forma desfavorável, mas já esboçam uma melhora nas expectativas em relação aos próximos meses”, disse o coordenador da Sondagem do Comércio da FGV, Rodolph Tobler.

A avaliação do economista é de que “a combinação de resultados sinaliza que o setor continua se recuperando lentamente, sujeito aos níveis elevados de incerteza e da também lenta evolução do mercado de trabalho”.

Indicador de Desconforto

Apesar da evolução positiva do Índice de Confiança do Comércio em agosto ter sido motivada pela alta do Índice de Expectativa, alguns indicadores de percepção sobre a situação corrente da Sondagem do Comércio também deram sinais de melhora no mês.

Enquanto o Índice de Situação Atual continua em queda há alguns meses, o Indicador de Desconforto Empresarial, mesmo tendo recuado um pouco no mês, tem seis meses consecutivos de alta.

A avaliação da Fundação Getulio Vargas é de que a queda do indicador, em agosto, se deve, entre outros, à redução de demanda insuficiente, ao custo financeiro e ao acesso a crédito bancário.

A edição de agosto de 2018 coletou informações de 1.206 empresas entre os dias 1 e 22 deste mês.

 

Fonte: Agência Brasil