Após alegações de desrespeito e discriminação, ação “Somos Todos Paralímpicos”, do Comitê Paralimpico, com os atores Cleo Pires e Paulo Vilhena, será analisada pelo órgão
Luiz Gustavo Pacete
Meio e Mensagem
A campanha “Somos Todos Paralímpicos”, criada pela Africa para o Comitê Paralimpico Brasileiro (CPB) com o objetivo de promover as Paralímpiadas será julgada pelo Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária (Conar). O órgão recebeu algumas reclamações de que a campanha é imprópria.
O órgão abriu processo para avaliar a ação, que tem como protagonistas os atores Cleo Pires e Paulo Vilhena, embaixadores das Paralimpiadas. Ambos aparecem em um ensaio com suas imagens alteradas para serem retratados como paratletas. A montagem foi considerada por como “desrespeitosa” e “discriminatória” nas redes sociais.
De acordo com o CPB, a campanha tem como objetivo de “chamar atenção para as pessoas com deficiência” que “ainda são, em grande maioria, invisíveis. Os atletas estão presentes em outras fotos e ficaram muito felizes em participar da campanha”, diz o comunicado.
Em agosto, durante a polêmica, a Africa emitiu um comunicado afirmando que a campanha se justifica pelo fato de “conforme as estatísticas oficiais, um em cada quatro brasileiros tem algum tipo de deficiência. Mas essas pessoas ainda são, em grande maioria, invisíveis na nossa sociedade”.