Na infraestrutura brasileira, o setor com maior déficit de atendimento e maiores desafios é o de saneamento. E para tentar contribuir com a melhor qualidade dos serviços na área, a iniciativa privada tem contribuido para a expansão dos serviços, com investimentos e modelos eficientes de gestão. Segundo avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI) o aumento da participação privada é imprescindível para a universalização da coleta e do tratamento do esgoto, e para o abastecimento de água.
Com uma média de eficiência maior que a das companhias públicas, as empresas privadas de saneamento têm despontado como um dos caminhos mais viáveis para que o Brasil reverta o quadro de atraso na prestação de serviços de água e esgoto. Atualmente no Brasil, 95% das empresas de água e esgoto são controlados pelos municípios ou estados.
Entre as 36 propostas prioritárias entregues pela CNI ao presidente em exercício Michel Temer, como sugestões para o Brasil sair da crise, está a ampliação da participação privada nos serviços de saneamento. No documento, a CNI enfatiza que a lenta expansão das redes e a baixa qualidade na prestação dos serviços têm trazido prejuízos diversos para a saúde da população, para o meio ambiente e para o setor produtivo.
A FIES entende que a iniciativa privada pode contribuir decisivamente para a redução do alarmante quadro no setor de saneamento e distribuição de água no país, visto que mais da metade da população brasileira não tem coleta de esgoto e cerca de 35 milhões de pessoas não têm acesso à água tratada no país, segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades.
Nesse sentido, dado o atual quadro econômico-financeiro da União, dos estados e dos municípios, a iniciativa privada surge como um importante parceiro para a expansão dos serviços, com investimentos e modelos eficientes de gestão que tem se comprovado em vários locais do Brasil.