Pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC, em todas as capitais do país, revelou que 24,0% das famílias brasileiras estão dispostas a comprar produtos relacionados à Copa do Mundo de 2018. Esse percentual representa menos da metade da intenção de gastos relatada antes do Mundial de 2014 (50,1%). Este ano é visível o menor envolvimento da população com a Copa do Mundo e as condições de consumo em 2018 se encontram menos favorável do que há quatro anos.
Segundo a pesquisa, os produtos mais procurados deverão ser alimentos e bebidas (9,9%), itens de vestuário masculino, feminino e infantil (7,5%) e aparelhos televisores (4,3%). Em todos esses casos, entretanto, as intenções atuais de gastos se mostraram menores do que aquelas relatadas antes da Copa passada (21,5%, 14,3% e 13,3%, respectivamente).
Do ponto de vista regional, a pesquisa identificou que as maiores intenções de consumo de alimentos e bebidas foram relatadas em São Luís (30,7%) enquanto que os consumidores de Boa Vista (23,3%) e Manaus (12,6%) estão os mais propensos a consumir itens de vestuário e televisores, respectivamente.
De acordo com a pesquisa, a maioria (51,6%) daqueles que pretendem consumir, deve gastar pelo menos R$ 200,00, sendo que, 39,2% declararam intenções de consumir mais de R$ 300,00. Entre as famílias com renda mensal superior a dez salários mínimos, o gasto médio acima de R$ 300,00 representa mais da metade (50,6%) do universo pesquisado. As famílias desta faixa de renda, entretanto, correspondem a menos de 16% do universo pesquisado.
Para 63,6% dos entrevistados, as despesas serão realizadas na modalidade à vista, sendo essa a modalidade mais frequente entre os consumidores da faixa de renda mais elevada (70,9%). Curitiba (83,0%), Boa Vista (72,9%) e São Paulo (72,1%) destacam-se das demais áreas na incidência de pagamentos à vista.
Outra informação importante apontada na pesquisa, em relação aos gastos com alimentos e bebidas, é que a maior parte (53,2%) daqueles propensos a efetuar esses gastos pretende fazê-lo no domicílio, contra 18,8% das intenções voltadas para o consumo em bares e restaurantes. Para 28%, não haverá diferença significativa quanto ao local de consumo de alimentos e bebidas. Assim, independentemente da faixa de renda, o domicílio será o local predominante para o consumo desses produtos.
Segundo a CNC, a intenção de consumo de alimentos e bebidas deva se manter praticamente a mesma daquela relatada antes do Copa de 2014 (53,2% contra 53,4%, respectivamente), para as famílias de maior poder aquisitivo, houve aumento na preferência pelo consumo doméstico (de 40,4% em 2014 para 50,6% em 2018).
A pesquisa também mostrou que os consumidores de Porto Alegre (72,7%), Macapá (72,5%) e Palmas (70,5%) apresentaram as maiores propensões a consumir alimentos e bebidas no domicílio, enquanto os de Belém (31,3%), Curitiba (24,9%) e Salvador (24,6%) tendem a se destacar no consumo fora do domicílio.
A CNC realizou a pesquisa em todas as capitais do país e suas respectivas regiões metropolitanas, entrevistando cerca de 18 mil consumidores.
Fonte: Fecomércio