São se deixe enganar pela aparência inofensiva dos potinhos de glitter convencionais. Feito com micro pedaços de plástico e folhas de alumínio, o produto é muito prejudicial ao meio ambiente, especialmente quando cai nos mares.
Quando ficou sabendo disso, a arquiteta Frances Sansão, 29 – que adora usar glitter em festas e no Carnaval – procurou alternativas ambientalmente mais corretas. “Mas não encontrei opções no Brasil”, diz ela. Havia uma empresa fora do país que produzia em larga escala glitter à base de celulose, mas o preço de importação era alto e a solução não agradou Frances completamente.
Ecologicamente correto
O ano era 2016 e ela decidiu pesquisar, por conta própria, receitas caseiras de glitter ecologicamente correto. “O escritório de arquitetura em que eu trabalhava fechou e eu comecei a investir meu tempo na experimentação do glitter”, diz. Foram quatro meses de testes até chegar à atual receita comercializada por sua empresa, a Pura Bioglitter.
O produto desenvolvido por Frances leva ágar-ágar (uma gelatina de algas) e mica, um mineral natural que dá cor ao glitter. “Na primeira vez que usei meu glitter fui a um aniversário e levei para os meus amigos testarem. Eles ficaram impressionados, foi um sucesso. Todo mundo me incentivou a abrir uma conta no Instagram. Como eu queria fazer um dinheirinho no Carnaval, acabei criando o perfil”, afirma ela.
O negócio começou de fato no Carnaval de 2018, mas ainda de maneira embrionária. A produção, que Frances iniciou cinco meses antes, acabou em janeiro. “Eu não consegui atender a demanda, fiquei muito abaixo do que esperava”, diz. Ao todo, foram vendidos dez kg, com um faturamento de cerca de R$ 25 mil.
De lá para cá, a pequena empreendedora que trabalhava sozinha participou de um programa de aceleração do Sebrae.Ganhou mais duas sócias e contratou três funcionárias para se preparar para a temporada do Carnaval 2019. “Mesmo assim, a demanda é muito maior do que conseguimos produzir”.
A sócia Luciana Duarte, 43, conta que o objetivo é produzir 50 kg de glitter biodegradável até o carnaval de 2019. “A ideia é atingirmos R$ 100 mil de faturamento. Para 2020, queremos quintuplicar isso, porque sabemos que há muita demanda reprimida”, diz.
Fonte PEGN