Brasil tem dificuldade de formar e reter talentos


Imagem: Brazip

É o que aponta ranking elaborado pelo grupo suíço Adecco e pela escola de administração Insead

O Brasil está atrás de seus principais concorrentes dos Brics e da América Latina na capacidade de formar, atrair e reter talentos no mercado de trabalho da nova economia global. Um ranking de competitividade em capital humano, elaborado pelo grupo suíço Adecco e pela escola de administração Insead, coloca o Brasil na 81ª posição entre 118 países.

Suíça e Cingapura lideram o ranking, divulgado em Davos à margem do Fórum Econômico Mundial. Latino-americanos como México, Colômbia, Argentina, Peru e Uruguai figuram melhor na lista do que o Brasil. É o caso de outros três países dos Brics: China (54ª posição), Rússia (56ª) e África do Sul (67ª). Somente a Índia (92º lugar) está mais mal avaliada

Para chegar a essas conclusões, o relatório compila indicadores que vão da qualidade de universidades à proporção de cientistas e engenheiros, além da força de trabalho com educação superior e os investimentos em pesquisa. “O rápido avanço da automação e da inteligência artificial é fonte das mudanças mais transformadores da nossa era, no sentido de como vivemos e trabalhamos. A transição será dura. Por isso, governos e empresas precisam agir”, disse o presidente da Adecco, Alain Dehaze. “Reformas na educação são urgentemente necessárias para prover as habilidades certas.”

Do lado dos trabalhadores, segundo Dehaze, isso requer comprometimento para continuar aprendendo ao longo da vida. Em termos de políticas de emprego, ele observa que empresas e governos precisam ter em mente que as pessoas precisam de maior proteção social, além de flexibilidade na gestão do seu tempo.

Valor Econômico