A primeira reunião da Câmara Empresarial de Turismo da Fecomércio foi realizada com a presença de agentes importantes para o desenvolvimento do setor no estado. A reunião contou com a participação da economista da Fecomércio, Sudanês Pereira, que apresentou para os participantes números indicativos do turismo no estado, como a quantidade de estabelecimentos de hospedagem no estado, além de unidades habitacionais e leitos disponíveis no mercado sergipano, bem como o número de empregos formais gerados pelas empresas registradas pelo setor em suas atividades. Os dados apresentados foram baseados na Pesquisa de Serviços de Hospedagem do ano de 2016, realizada pelo IBGE.
A economista detalhou que atualmente, segundo a pesquisa, existem 282 estabelecimentos de hospedagem em Sergipe, divididos entre hotéis, pousadas e outros estabelecimentos. Destacando que o maior número 48% dos estabelecimentos, é composto por pousadas na capital e interior do estado. O total de unidades habitacionais é de 9.340, com 21.791 leitos disponíveis para hospedagem no estado. O número coloca Sergipe com uma média de 33 unidades habitacionais por estabelecimento de hospedagem e hotelaria, o que lhe alça à condição de estado com a melhor média de unidades do Nordeste. Superando, inclusive, a média nacional, que é de 32 quartos por empreendimento.
Também foi feita a apresentação do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI), pelo procurador do Estado, Pedro Dias. O plano cria a governança interfederativa da região metropolitana, com a participação dos municípios componentes da área, Aracaju, Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão, com a participação do Governo do Estado. O projeto dará maior autonomia para a região administrar os interesses comuns, como transporte coletivo, ordenação de ocupação, licenciamento misto (para atividades residenciais e comerciais simultâneas na mesma área), com a otimização do desenvolvimento urbano sob a ótica da população pedestre.
Laércio Oliveira, presidente da Fecomércio, valorizou a iniciativa da reunião em mostrar dados importantes sobre o setor do turismo no estado, e comentou sobre o Plano de Desenvolvimento Integrado da região metropolitana. “Ter dados como esses para entender melhor o funcionamento do turismo em nosso estado é de fundamental importância para encontrarmos os caminhos para fazer o setor avançar e crescer cada dia mais. Afinal, é um setor que gera quase 15 mil empregos no estado. Os números apresentados pela nossa economista ajudam a clarear mais nossas ideias e identificar os pontos em que devemos trabalhar com mais afinco. Trabalho esse que o Plano de Desenvolvimento da metrópole ajudará sobremaneira a ser exitoso. A exemplo do desenvolvimento sustentável e ordenado que o plano tem como finalidade, como a prevalência do interesse comum das cidades sobre os locais. Os bairros da região metropolitana podem se tornar pontos turísticos importantes, principalmente se aliarmos o comércio com as áreas residenciais, como é feito em São Paulo, a cidade que mais cresce nesse segmento no país. Explorar nossas regiões de forma consciente e organizada trará muito mais benefícios para o turismo em Sergipe”.
Foi feita, ainda, a apresentação do Observatório de Sergipe, ferramenta criada pelo Governo do Estado, com indicadores variados sobre diversas atividades econômicas. Promovendo o acesso rápido e fácil para o acolhimento do público, com uma linguagem simplificada e dando melhor compreensão para o leitor dos periódicos e pesquisas. O Observatório de Sergipe está ligado ao Ministério da Integração Nacional, com parte do plano de desenvolvimento regional do estado.
Para a coordenadora da Câmara Empresarial de Turismo, Cacilda Aragão, a participação dos agentes como importante para promover mais esclarecimentos sobre as atividades do turismo no estado. “Ter essas apresentações foi muito importante para que entendamos melhor o cenário econômico de nosso setor e poder ajudar a planejar as ações do turismo em Sergipe, bem como ajudar a melhorar as ações que estão em andamento com essa finalidade”, destacou.
Ascom Fecomércio-SE