Estudo feito nos Estados Unidos pela empresa Wynshop em parceria com Incisiv, ambas especializadas em e-commerce e transformação digital, identificou que, por lá, o lucro baixo é o maior desafio dos varejistas que atuam na venda online. De acordo com o levantamento, 86% dos entrevistados afirmam que estão insatisfeitos com a rentabilidade do negócio digital.
No mercado norte-americano em 2020
9,5% Crescimento do comércio eletrônico de alimentos
-70% Queda nos pedidos digitais
9% Margem deixada na venda online, considerada baixa pelos varejistas
De acordo com a Wynshop, o modelo atual não é sustentável para o varejo alimentar dos EUA. Por isso, caso o atual nível de margem permaneça, a tendência é de que o setor perca US$ 14 milhões em margem de lucro para cada bilhão de dólares vendidos até 2025.
A pesquisa também aponta que, para muitos varejistas, um dos motivos pelo qual o resultado é insatisfatório são as vendas realizadas por meio de plataformas de terceiros, como o Instacart (foto), que movimentou em 2020 praticamente o mesmo que as empresas do varejo alimentar juntas. Para diminuir a dependência delas, o estudo conclui que o varejo alimentar americano precisa investir em tecnologia para melhorar a operação do seu comércio eletrônico próprio – quesito em que apresentam deficiências.
Prós e contras
Se por um lado as plataformas de terceiros aumentam a visualização e oferecem tecnologia rápida, por outro são apontadas como motivo de queda na rentabilidade
Sobre plataforma de terceiros
Veja o que os participantes do estudo disseram sobre isso
81% acreditam
84% temem que, com a compra em outra plataforma, possam perder contato com a base de seus clientes
59% afirmam que seus parceiros (outras plataformas) não são lucrativos
92% reportam insatisfação com a eficiência na separação dos pedidos
86% dizem que não estão satisfeitos com o trabalho realizado
72% não têm uma visão assertiva do inventário
Grandes e pequenos varejistas: realidades diferentes
Os desafios para o varejo em relação às plataformas de terceiros mudam conforme seu porte, como aponta o estudo da Wynshop
Varejistas de grande porte
com faturamento acima de US$ 1 bilhão, afirmam estar focados em diminuir a participação de marketplaces e sites de outras empresas em suas vendas. A ideia, de acordo com o levantamento, é reduzir a fatia dessas plataformas para 20% até 2025.
Varejos menores
segundo a pesquisa, precisam ainda desenvolver estratégias para trabalhar com as plataformas de terceiros de maneira mais eficiente para melhorar suas margens.
Caminhos
Enquanto o grande varejista planeja reduzir a participação das vendas em marketplaces, o pequeno busca modos de recuperar suas margens ainda dentro dessas plataformas de terceiros.
Micro-fulfillment
Ou pequenos depósitos de mercadorias: a próxima onda do delivery
De acordo com a análise da Wynshop, existe uma ideia entre muitos varejistas de que novas soluções, como robótica e veículos autônomos, terão um impacto disruptivo em seus negócios. Daí os investimentos serem canalizados para essa área e também para tecnologias voltadas a uma maior visibilidade de estoque e ao processo de separação de mercadorias.
Mas uma solução que vem ganhando espaço nos recursos do varejo é o micro-fulfillment (pequenos depósitos de mercadorias para agilizar a entrega de pedidos de delivery). A pesquisa da Wynshop identificou que os varejistas do setor alimentar dos EUA esperam que 3,6% de todos os pedidos online sejam entregues a partir deles até 2025. Por conta disso, 55% dos participantes do estudo vão testar ou abrir pequenos depósitos nos próximos 24 meses.
Matéria original na revista SA VAREJO de dezembro/2021
Matéria Original em : https://www.savarejo.com.br/detalhe/reportagens/lucro-baixo-nas-vendas-online-preocupa-o-setor?dest=%5BEMAIL%5D&utm_campaign=DIARIA%20SAVAREJO_2022_01_10&utm_medium=email&utm_source=akna