Nos dois primeiros meses de 2022 as micro e pequenas empresas sergipanas (MPE) foram responsáveis pela geração de 1.428 postos de trabalho. Isso representa 100% das vagas criadas em Sergipe durante o período. Em fevereiro foram 1.224, enquanto que em janeiro foram abertas mais 204. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Nas médias e grandes empresas, por sua vez, o saldo no período foi negativo em 513 vagas. Os números mostram que as micro e pequenas empresas continuam sendo as principais responsáveis pela contratação de trabalhadores no estado. São dezoito meses consecutivos de dados positivos em relação à geração de novas vagas.
Em fevereiro o destaque ficou por conta do setor de Serviços, com 877 vagas criadas. Em seguida veio a cadeia de Construção Civil (398), Comércio (21), Serviços de Utilidade Pública (11) e Indústria Extrativa Mineral (7). A Indústria de Transformação e o setor Agropecuário registraram números negativos, com o fechamento de 83 e 7 vagas, respectivamente.
No ano o destaque também vai para o setor de Serviços (1.254) e a Construção Civil (701). Já o Comércio (- 393) e a Indústria de Transformação ( -158) apresentaram dados negativos.
“É mais um indicador da força dos pequenos negócios e da sua importância para a economia sergipana. As micro e pequenas empresas conseguiram se adaptar de maneira mais rápida ao cenário de pandemia, estão recuperando seu faturamento e com isso continuam criando novos postos de trabalho. Creio que esses números deverão permanecer positivos ao longo dos próximos meses”, explica o superintendente do Sebrae, Paulo do Eirado.
Recuperação
Nas médias e grandes empresas o cenário em 2022, apesar de negativo, aponta uma recuperação em relação ao mesmo período do ano passado. Nos dois primeiros meses de 2021 elas registraram o fechamento de 2.741 vagas. Esse ano o saldo permanece negativo, mas dessa vez com -513 empregos.
A Indústria de Transformação é o setor com o maior número de demissões (- 1251), seguido pelo Comércio (- 263) e Agropecuária (- 155). Já o setor de Serviços (+ 937), a Construção Civil ( 130) e os Serviços de Utilidade Pública ( + 87) foram os que mais contrataram.