Por Marcela Gusmão para CM News
Em março de 2021, as micro e pequenas empresas (MPE) foram responsáveis pela geração de 57,9% dos empregos com carteira assinada no Brasil, o que corresponde a quase 107 mil vagas. O resultado é superior aos postos de trabalho criados pelas empresas de médio e grande porte (MGE), que foi pouco mais de 67 mil. Os dados constam em levantamento feito pelo Sebrae com base no Caged do Ministério da Economia.
O presidente do Sebrae, Carlos Melles, destaca que os números positivos vêm ocorrendo pelo nono mês consecutivo e que refletem que as MPE são essenciais para a retomada econômica brasileira. “Esse é o 9ª mês que as micro e pequenas empresas puxam a geração de empregos formais no Brasil. Não há dúvida que elas são o motor da nossa economia. Mesmo diante da sobrevida da pandemia, os resultados positivos sinalizam o quanto é importante a continuidade de medidas emergenciais que amparem o segmento”, declarou o presidente do Sebrae.
NÚMEROS EM SERGIPE
Enquanto os números gerais no Brasil são positivos, no estado de Sergipe, apenas as micro e pequenas empresas (MPE) estão gerando novos postos de trabalho. O saldo líquido de empregos gerados em Sergipe, em março de 2021, é negativo, sendo um total de – 1.457 vagas, porém as MPE foram responsáveis pela oferta de 810 novas vagas. As MGE apresentaram o saldo negativo de -2.214 e a administração pública ofertou 3 vagas.
Quando avaliamos todo o primeiro trimestre, o saldo total ainda é negativo em Sergipe, com – 597 vagas. Por mais que as MPE tenham criado 4.117 postos de trabalho, as MGE fecharam 4.663 vagas e a administração pública fechou 2 vagas.
O setor que mais tem sofrido com a escassez de novas vagas de emprego em Sergipe é o de Indústria e Transformação, tendo um saldo líquido de -2.225 postos de trabalho no primeiro trimestre de 2021. Os setores que estão com saldo positivo na geração de empregos neste período são os de serviços (990 novas vagas), comércio (858 novas vagas) e construção (441 novas vagas).