É o que mostra pesquisa global reallizada pela consultoria PwC
Os executivos brasileiros estão muito confiantes, entusiasmados até, tanto com as perspectivas de crescimento da economia mundial nos próximos 12 meses, como com as expectativas para o faturamento de suas próprias companhias no mesmo lapso de tempo.
Essa explosão de otimismo aparece com clareza na 21ª pesquisa que a consultoria PwC (PricewaterhouseCoopers) fez, no último trimestre de 2017, com 1.293 CEOs (executivos-chefes) de 85 países, 46 deles brasileiros, divulgada nesta segunda-feira (22/1) em Davos, na Suíça. A pesquisa se transformou em uma tradição por ser lançada, sempre, na véspera dos encontros anuais do Fórum Econômico Mundial, que é o grande convescote da elite empresarial do planeta. De certa forma, mede o estado de ânimo do empresariado global.
Neste ano, é especialmente otimista: 57% dos consultados dizem que o crescimento da economia global vai melhorar nos próximos 12 meses, número que praticamente duplica a porcentagem de otimistas do ano anterior (29%).
“É o maior crescimento jamais registrado desde que a PwC começou a perguntar sobre o crescimento global em 2012”, informa o relatório da empresa. Nesse capítulo específico, os executivos brasileiros estão sintonizados com seus pares do resto do mundo: a porcentagem de brasileiros que espera maior crescimento global deu um salto de 38 pontos percentuais de 2016 para 2017 e bateu em impressionantes 80% – bem acima, portanto, da média mundial.
Idêntico otimismo aparece quando a pesquisa pergunta sobre a confiança no faturamento da própria empresa para os próximos 12 meses: os brasileiros que respondem “muito confiantes” e “algo confiantes” chegam quase a 100%: 57% se dizem “muito confiantes” e 40% “algo confiantes”.
Desapareceu de uma vez, portanto, o pessimismo apurado nos levantamentos da PwC feitos durante a grande crise do período 2014/2016: no trimestre final de 2015, último ano completo de Dilma Rousseff, apenas 29% dos brasileiros consultados se diziam otimistas.
O otimismo explode de vez e chega efetivamente a 100% quando a pergunta se refere às perspectivas para três anos adiante (e não apenas 12 meses). Os “muito confiantes” batem em 79%, e os 21% restantes estão “algo confiantes”.
Otimismo dos brasileiros à parte, a crise derrubou a confiança no Brasil como ponto bom para negócios entre os CEOs dos outros países: na pesquisa feita em 2010 e divulgada em 2011 (fim da era Lula, início do período Dilma), o Brasil ficava em terceiro lugar na lista dos países considerados como potenciais fontes de crescimento das empresas. Caiu para o sétimo lugar, na pesquisa publicada em janeiro de 2017, e agora vai para o oitavo lugar.
Folha de S. Paulo