Bolsista do ITP participa de pré-partida dos contemplados com a bolsa Fulbright


O Programa Fulbright é um dos programas mais reconhecidos mundialmente.

A bolsista do Instituto de Tecnologia de Pesquisa –ITP e, doutoranda do Programa de Pós-graduação em Engenharia de Processos da Unit Tamires Menezes, primeira aluna da instituição a ser contemplada com uma bolsa de  Doctoral Dissertation Research Award  (DDRA) pela Fulbright Brasil   em parceria com a Fulbright Foreign Scholarship Board (FFSB), nos Estados Unidos, participou da PDO – Pre-Departure Orientation, organizado pela comissão Fulbright Brasil. É um evento que conta com as orientações de pré-partida dos contemplados com a bolsa Fulbright.

De acordo com Tamires, o encontro contou com um dos princípios da Fulbright: a diversidade. O evento contou com pessoas de todos os lugares do Brasil, de diferentes cursos e propósitos.

“Foram 37 bolsas de doutorado sanduíche, pude representar Sergipe e ser a primeira aluna do ITP e da Unit a receber a bolsa Fulbright, pude representar Sergipe. Durante o evento fomos ao consulado para a entrevista de visto e participamos de algumas palestras e bate papos como com a Secretária de Estado Adjunto para Assuntos Educacionais e Culturais dos Estados Unidos, Lee Satterfield, com o diretor geral do consulado, com o diretor da Fulbright e com ex-bolsistas”, conta.

O evento proporcionou aos participantes conhecer realidades de professores do ensino médio da rede pública no programa DAI. “Como de um professor que dava aulas gratuitas para moradores de ruas que não possuem CPF e acesso ao ensino. E ainda de uma professora que possuía alunos – crianças e adolescentes – que trabalham na colheita/lavoura, relatando que tinha como propósito conseguir ofertar oportunidade para que esses jovens pudessem ter mais escolhas e opções na vida. Também conheci histórias de ex-bolsistas do programa, como a da Ellen que acabou colaborando/trabalhando na fundação de uma escola nos Estados Unidos, relatou o método da pantera negra (um legado importantíssimo). Enfim, posso dizer que foi um evento super enriquecedor em todos os âmbitos” relata a bolsista.

Este ano estiveram contemplados no evento seis diferentes programas: DDRA (Doctoral Dissertation Research Abroad), bolsas para doutorado sanduíche; FLTA (Fulbright Foreign Language Teaching Assistant), bolsas para jovens professores de inglês/português serem assistentes de ensino de português como segunda língua em universidades americanas; PhD (pós doutorado); MFA (Masters in Fine Arts), bolsas em roteiro de cinema nos EUA, DAI (Fulbright Distinguished Awards in Teaching Program for International Teachers), bolsa para professores de inglês do ensino médio da rede pública estadual e/ ou municipal realizem um curso de aperfeiçoamento nos Estados Unidos e HHH (Hubert H. Humphrey Fellowship Program), bolsas de estudos para profissionais, em meio de carreira, do setor público e do terceiro setor (ONGs).

“Falando do doutorado sanduíche, uma das grandes surpresas foi como a Fulbright trata essa bolsa com seriedade e importância, fato esse tão necessário. É possível, quase palpável, observar a diversidade de temas de pesquisas que representarão nosso país nos EUA. Conseguir a bolsa não é fácil, porém a Fulbright oferece um suporte surreal para os bolsistas. A responsável pelos DDRA, Caroline Martins, deixa todos os bolsistas seguros em todo o processo. Mesmo sem ainda ter chegado nos EUA, pude observar como os americanos conhecem e respeitam o programa. Por exemplo, assim que meu orientador na Universidade de Berkeley na Califórnia soube que eu tinha sido contemplada pela bolsa, já me mandou um e-mail parabenizando pela conquista”, pontua.

“Estou muito feliz em participar e representar o Instituto de Tecnologia e Pesquisa, o Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos da Universidade Tiradentes e o nosso Estado. Pude realmente vivenciar que não estamos deixando nada a desejar em termos de pesquisa, tecnologia e envolvimento científico. Muitas vezes, nós alunos e pesquisadores, nos boicotamos no sentido de achar que instituição A e B são endeusadas. Entretanto, estavam todos muito abertos para conhecer sobre nossa universidade, o estado e ficaram bem impressionados, positivamente, com minha pesquisa”, ressalta.

No Laboratório de Síntese de Materiais e Cromatografia (LSinCrom), do Instituto de Tecnologia e Pesquisa, ITP, Tamires desenvolve pesquisa voltada para a desidratação de gás natural contendo altos teores de CO2, utilizando materiais inovadores como as estruturas metalorgânicas (MOFs) sob a orientação dos professores Cesar Costapinto Santana, Silvia Maria Egues e Juliana de Conto.