Marcha da Maconha: Conheça empresas que vão além do uso recreativo da Cannabis


Enquanto o Brasil ainda inicia trabalho para a regularização da cannabis, exterior usufrui de mercado que pode valer US$120 bilhões até 2026
Foto: Mídia Ninja/reprodução

Enquanto o Brasil ainda inicia trabalho para a regularização da cannabis, exterior usufrui de mercado que pode valer US$120 bilhões até 2026

Marcha da Maconha em São Paulo/SP | foto Bruno Santos/Folhapress

No próximo sábado, dia 17 de junho, às 14h20, o vão livre do Masp será o ponto de encontro para a 15ª edição da Marcha da Maconha, em São Paulo. O evento já se tornou uma agenda tradicional do movimento pró-cannabis na cidade, que recebe uma multidão de participantes. Embora o evento seja comumente associado ao uso adulto da planta, também traz luz e espaço para a discussão de empresas que estão atuando com outras variações e usos da planta, como preservação do meio ambiente.

No Brasil, um dos usos mais tradicionais da Cannabis para além do uso adulto é a área medicinal. O mais recente avanço nesse segmento ocorreu com a aprovação de um projeto de lei pela Assembleia Legislativa de São Paulo em dezembro de 2022, sancionado pelo governador do estado, Tarcísio de Freitas, em janeiro deste ano. Esse marco ampliou o debate sobre a cannabis medicinal no país. No entanto, outras alternativas já estão sendo colocadas em prática para aproveitar os diversos benefícios da planta.

Marcha da Maconha em SP | Foto: Bruno Santos/Folhapress

Um exemplo inovador no cenário brasileiro é a Kanna, a primeira Flexible DAO (Organização Autônoma Descentralizada) ESG do país. A empresa combina tecnologia blockchain com o promissor mercado do cânhamo para impulsionar a remoção de CO2, um dos gases responsáveis pelo efeito estufa, do meio ambiente. A startup conta com relevantes nomes, como os sócios da Sinapse Social, advogados que criaram a tese do Habeas Corpus para o plantio doméstico e a produção de remédios à base de cannabis no Brasil, e estão envolvidos em centenas de decisões favoráveis.

Por meio do cripto ativo KNN, a Kanna é pioneira na geração de créditos de carbono por meio de uma agricultura regenerativa. O protocolo da startup irá certificar e tokenizar os créditos, automatizando o monitoramento e auditoria das operações de cultivo. Com a transparência e a confiabilidade da governança blockchain, a Flexible DAO visa beneficiar comunidades e combater as mudanças climáticas.

Marcha da Maconha em SP | Foto: Growroom/reprodução

Com um mercado que pode valer US$120 bilhões até 2026, empresas do exterior também se destacam, como é o caso da maior empresa de maconha dos Estados Unidos, a Curaleaf Holdings, com sede em Massachusetts e que atua em 23 estados do país. A empresa gerencia 101 dispensários, 22 locais de cultivo e 30 instalações de processamento do produto, empregando 5.000 funcionários e atendendo a mais de 350.000 clientes, conforme divulgado em seu site.

No início de 2021, a Curaleaf expandiu suas operações para a Europa ao adquirir a EMMAC Life Sciences Limited, reconhecida no continente por sua integração vertical, que vai desde a produção do cultivo até a entrega ao cliente.

De volta ao Brasil, a startup Cannapag Bank oferece soluções personalizadas de pagamento. Ela surgiu da necessidade enfrentada por uma associação de pacientes de Cannabis de encontrar métodos de pagamento que atendessem às suas necessidades. A Cannapag Bank é a primeira fintech do Brasil voltada para o mercado da Cannabis, oferecendo um sistema de internet banking para associações de pacientes e estabelecimentos de saúde, além de integração com e-commerce. A startup também oferece consultoria em tempo integral para a implementação de lojas online, sistemas de gestão e treinamentos, a fim de facilitar a entrada bem-sucedida no mercado da Cannabis.

Essas empresas e startups representam uma nova geração de empreendedores que estão explorando o potencial além do uso recreativo da cannabis. Com um mercado em ascensão no Brasil e no exterior, esses negócios estão impulsionando a inovação, a sustentabilidade e a ampliação das opções terapêuticas disponíveis para a população.

Assessoria de Comunicação