O setor supermercadista brasileiro registrou um índice de 2,26% de perdas em 2015, o que representa em torno de R$ 6,19 bilhões em quedas anuais, de acordo com a 16ª Avaliação de Perdas nos Supermercados Brasileiros, apresentada nesta quart-feira, 17, no IV Fórum Abras de Prevenção de Perdas, realizado em São Paulo. O Fórum foi aberto pelo superintendente da Associação Brasileira de Supermercados, Marcio Milan, que ressaltou a importância da pesquisa para os varejistas, empresários e executivos da cadeia de alimentos.
“A prevenção de perdas é fundamental para o crescimento sustentável das empresas. Os dados divulgados nesta pesquisa contribuem para o planejamento das empresas supermercadistas, para que possam reduzir as perdas, definir estratégias, ampliar a eficiência das lojas, e melhorar os serviços prestados aos consumidores”, destaca Milan.
A 16ª Avaliação de Perdas, realizada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Abras, em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA/Provar), contou com a participação de 302 redes supermercadistas, que somam 4.346 lojas no País. Do total de respondentes, 30,53% têm faturamento acima de R$ 100 milhões. Em 2014, essa participação era de 17,84%.
Na pesquisa, as principais causas de perdas registradas em 2015 pelos empresários são quebra operacional; furtos externos e internos; erros administrativos; fornecedores; e erros de inventário. Os artigos que mais sofreram perdas no ano passado foram doces em geral (25%); bebidas alcoólicas e bebidas em geral (22%); carnes (14%); seguido de perfumaria (9%); desodorantes (9%); laticínios (6%); lâminas de barbear (6%); chip de celular (5%); e brinquedos (4%).
Prevenção
Do total de respondentes, 65,9% possuem área de prevenção de perdas na empresa. No estudo também foram destacados os recursos tecnológicos mais utilizados atualmente pelos supermercadistas para prevenir as perdas nas lojas: CFTV (monitoramento por câmeras); alarmes de acesso; usos de coletor de dados para a realização de inventário; solução de monitoramento de frente de caixa; usos de coletor no recebimento; software de monitoramento; e acompanhamento das perdas; entre outros.
As atividades citadas pelos supermercadistas para evitar perdas foram treinamento para colaboradores; definições das metas de perdas; controles e planos de ações; introdução dos processos mais cuidadosos no recrutamento, seleção e comunicação de prevenção de perdas.
De acordo com os realizadores, o objetivo da pesquisa é destacar a relevância do investimento na melhoria dos processos de prevenção de perdas no varejo brasileiro, por meio da apresentação anual da situação desta prática nas empresas que operam no País.
Com informações da Comunicação Abras
