Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção sergipana do mês de julho em relação ao mês anterior registrou um aumento em 30,7%. Quando comparado com a safra de 2016, o resultado foi ainda maior: 63,7%
O produtor rural do Baixo São Francisco está comemorando a safra recorde na produção de arroz do mês de julho. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção sergipana do mês de julho em relação ao mesmo mês de junho registrou um aumento em 30,7%. Quando comparado com a safra de 2016, o resultado foi ainda maior: 63,7%. Foram produzidas 54,1 mil toneladas de grãos, fruto das ações empreendidas pelo governo do Estado, em parceria com o governo federal, no desenvolvimento da agricultura familiar.
Os dados indicaram que a produção nacional de arroz (em casca) alcançou 12,3 milhões de toneladas, aumento de 16,3% em relação ao ano anterior. A área plantada e a área colhida apresentaram aumentos de 1,2% e 4,0%, respectivamente, enquanto que o rendimento médio cresceu 11,8%. Destaques para as produções do Rio Grande do Sul, maior produtor de arroz do país, que alcançou 8,7 milhões de toneladas, aumento de 16,5% em relação ao ano anterior e do Maranhão, que alcançou 258,8 mil toneladas e cresceu cerca de 70,0%. O estado de Sergipe não ficou atrás e conseguiu se destacar com 54,1 mil toneladas, aumento de 63,7%.
A pesquisa do IBGE relatou, também, a estimativa de julho em relação a junho de 2017. Segundo os dados, a produção de arroz alcançou 12,3 milhões de toneladas, aumento de 1,2% em relação ao mês anterior. A área plantada e a área a ser colhida aumentaram 0,3% e o rendimento médio aumentou 0,9%.
No Nordeste, a estimativa da produção alcançou 474,6 mil toneladas, aumento de 3,4% em relação ao mês anterior, com o rendimento médio aumentado 3,2%. Destaques para a produção do Maranhão, 258,8 mil toneladas, aumento de 0,4%; Ceará, 20,7 mil toneladas, aumento de 10,9% e Sergipe, 54,1 mil toneladas, aumento de 30,7%.
Segundo o secretário de Estado da Agricultura, Esmeraldo Leal, os bons índices se devem a dois fatores: aumento de área plantada e distribuição de sementes. “O aumento da área plantada e distribuição de sementes contribuíram para esse recorde na produção. As sementes que distribuímos foram muito boas, inclusive escolhidas pela própria família. Foi fundamental a qualidade da semente, porque a aumentou a produtividade, contribuindo sobremaneira para o aumento da safra”, relatou, acrescentando que a rizicultura é uma das principais atividades econômica do Baixo São Francisco. “A região é tida como de baixo Índice de Desenvolvimento Humano, (IDH), ter uma cultura tomando força é uma demonstração de que é possível, através da agricultura, melhorar e responder positivamente a esses índices econômicos”.
Esmeraldo explicou, também, que o aumento das chuvas este ano não contribuiu tanto para a produção de arroz, já que o cultivo ocorre em perímetros irrigados. “Temos um bom sistema de irrigação. O destaque é para os perímetros de Betume, Propriá e Pindoba. Além dessas importantes regiões, temos as produções de várzeas, localizadas nos municípios de Brejo Grande e Ilha das Flores, que se utilizam da vazão do Rio São Francisco”, explicou.
Sementes
Em 2016, o governo de Sergipe disponibilizou sementes e horas de trator para agricultores familiares e assentados rurais inscritos no Programa Garantia Safra das regiões do Baixo São Francisco e Médio e Alto Sertão sergipanos. A distribuição das sementes foi realizada pela secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), com a operacionalização da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). Na oportunidade, foram distribuídas 400 toneladas sementes, beneficiando 1.000 agricultores do Baixo São Francisco, totalizando investimento na ordem de R$ 3 milhões.
Agência Sergipe de Notícias