Sergipe apresenta saldo negativo de empregos formais no primeiro mês do ano


Em janeiro, Sergipe apresentou um saldo (total de admissões menos total de desligamentos) negativo de 613 empregos formais. Entre os setores pesquisados, o Comércio foi o que contabilizou a maior redução de empregos formais, com menos 575 vagas. Esse resultado foi influenciado principalmente pelo Comércio Varejista, que englobou 98,6% das vagas do setor. Vale ressaltar que tal redução acontece principalmente em função dos empregos de caráter temporários criados para atender a demanda do final de ano. Contribuiu, também, para aumento do saldo negativo, o setor da Agropecuária, que registrou 529 postos a menos.

O ramo industrial que colaborou negativamente para esse resultado foi o da Agricultura, Pecuária e Serviços Relacionados, com participação de 98,3% das demissões do setor. Os setores da Indústria de Transformação e de Serviços Industriais de Utilidade Pública (grupo que inclui as estatais responsáveis pela distribuição de serviços essenciais, como água e energia elétrica) foram os que apresentaram os maiores saldos positivos, com a criação de 273 e 180 novos empregos, respectivamente.

O segmento que impulsionou o saldo positivo do setor da Indústria de Transformação foi o de Fabricação de Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos, ao criar 30,4% dos novos postos de trabalho do setor. Para o setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública o bom desempenho deveu-se, principalmente, pelo segmento de Coleta, Tratamento e Disposição de Resíduos, que registrou participação de 96,11% dos novos postos do setor.

Entre os municípios sergipanos com mais de 30 mil habitantes, apenas Nossa Senhora do Socorro apresentou um bom resultado no saldo de empregos, com a criação de 208 novas vagas, sobretudo na Indústria de Transformação e nos Serviços Industriais de Utilidade Pública. Já os saldos negativos mais significativos foram observados nos municípios de Capela e Aracaju, que apresentaram saldos negativos de 492 e 422 postos de trabalho, respectivamente, tendo como principal responsável, pelo mau desempenho, o setor da Agropecuária, em Capela, e do setor de Comércio, em Aracaju.

A análise foi realizada pelo Boletim Sergipe Econômico, em parceria do Núcleo de Informações Econômicas (NIE) da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES) e do Departamento de Economia da UFS, com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS).

Unicom Fies