Projeto sergipano é premiado nacionalmente


A 5° edição do Prêmio Objeto Brasileiro na categoria Ação Socioambiental, nomeou como grande vencedor de 2016, o projeto “Arte Naturalista”, do Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação (IPTI). Em parceria com o Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), com a Oi Futuro e com a Ambev, o projeto, que é uma iniciativa do museu A Casa, foi desenvolvido com jovens do município de Santa Luzia do Itanhy e vencedor pela segunda vez nessa premiação nacional.

Os produtos associados ao projeto estarão expostos no “A Casa – Museu do Objeto Brasileiro”, em São Paulo, no período de 16 de dezembro de 2016 a 17 de janeiro de 2017, juntamente com os finalistas das outras duas categorias. De acordo com a coordenadora da área de Economia Criativa do IPTI, Renata Piazzalunga, será uma ótima oportunidade para, mais uma vez, dar visibilidade nacional ao trabalho desenvolvido pelo Instituto, uma tecnologia social associada à educação e economia criativa. “São cinco anos de muito esforço e dedicação de todos, com foco e visão de longo prazo, agora reconhecidos também por este Prêmio. Temos muito para celebrar com essa conquista”, comemora.

O projeto Arte Naturalista teve inicio em 2012. A primeira ação foi selecionar um grupo de adolescentes com habilidade para desenho e capacitá-los em técnicas de desenho e pintura. Em abril de 2013 foi realizada a primeira exposição, no Museu da Gente Sergipana, com 24 obras feitas pelos jovens do projeto. “Entre os anos de 2014 e 2015, o Arte Naturalista teve mais de 1.200 alunos da rede municipal de Santa Luzia do Itanhy beneficiados com aulas de ilustração, sempre representando a estética do manguezal, principal ativo imaterial local. Em 2015 publicamos um catálogo científico-ilustrado, bilíngue, sobre o ciclo dos manguezais”, conta Renata.

Coordenadora da área de Economia Criativa do IPTI, Renata Piazzalunga |Foto: Arquivo Pessoal

Segundo ela, ainda no ano de 2015 foi feita uma parceria com o Estúdio Graphique Design, quando foram feitas as primeiras aplicações das ilustrações em moda, pensando em uma linha de camisetas. “Já agora em 2016 fizemos uma parceria com o grupo Morena Rosa, que resultou nos desenhos para a coleção de inverno da marca para 2017, elaborados pelos ilustradores de Santa Luzia do Itanhy”, observou a coordenadora do IPTI ao destacar também o apoio da Morena Rosa e da Brazil Foundation que resultaram na criação da “Casa do Cacete”, um negócio social próprio, no ramo da moda e gerenciado pelos jovens ilustradores sergipanos.

Para Renata Piazzalunga, assim como o ciclo do manguezal apresentado no catálogo científico, onde a vida é constantemente transformada e dinamizada, os projetos de tecnologia social do IPTI se mostram sustentáveis, dinâmicos e em permanente interação com a vida. “Eles não se interrompem ao findar de cada apoio ou parceria, pois são fortes e resistentes na perpetuação de suas sementes de sucesso”, ressaltou.

O secretário da Sedetec, Chico Dantas, parabenizou a equipe do IPTI pela premiação “Este prêmio tem contado com apoio do Governo de Sergipe e reflete como uma demonstração da aplicação da ciência e tecnologia nos aspectos posicionais da economia criativa além de buscar um maior equilíbrio no desenvolvimento social sergipano”, destacou.

Ascom Sedetec