A operação no mercado brasileiro continua difícil, segundo a multinacional francesa
A multinacional francesa L’Oréal informou um crescimento de 7,5% das receitas no primeiro trimestre deste ano, em comparação a igual período de 2016, para € 7 bilhões. Em termos ajustados, que excluem compras ou vendas de ativos e consideram taxas de câmbio constantes, houve avanço de 4,2%.
Segundo o presidente do grupo de produtos de beleza, Jean-Paul Agon, as primeiras semanas do ano foram extremamente atípicas, com um forte consumo de produtos de luxo, especialmente na Ásia, e um início lento para o mercado de consumo massivo e profissional. “O mercado parece ter se tornado mais estável e está retornando a seu antigo perfil”, afirmou em comentário que acompanhou o relatório de vendas do primeiro trimestre.
A divisão de luxo teve crescimento reportado de 17,8% de janeiro a março, para € 2,16 bilhão, impulsionado pela linha de maquiagem, pelo perfume Mon Paris, da marca Yves Saint Laurent, além de novidades da Lancôme e Giorgio Armani. Em mesmas bases o avanço foi de 12,2%. A divisão de produtos de consumo, que inclui marcas como Maybelline e Garnier, ampliou as receitas em 4% no primeiro trimestre. Em termos ajustados, a alta equivale a 1,4%.
A área de produtos profissionais, que inclui marcas como L’Oréal Professional, Redken e Kérastase, avançou 0,5% em termos reportados e recuou 1,8% em mesmas bases. A divisão de dermocosméticos, que comercializa os cremes da La Roche Posay e Vichy, teve alta das vendas de 7,6% – ou 2,8% na comparação ajustada.
Segundo a empresa, a operação no mercado brasileiro continua difícil. As vendas na Europa ocidental vão bem: apesar de um mercado fraco na França, há crescimento no Reino Unido, Alemanha e Espanha. A operação na América do Norte também caminha bem, segundo a empresa. O desempenho no leste Europeu e na Ásia foi considerado como sólido.
Valor Econômico